A substituição das sacolinhas plásticas que eram distribuídas gratuitamente nos supermercados de São Paulo será gradativa. De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), somente na capital paulista devem deixar de ser utilizadas cerca de 650 milhões de sacolas ao mês.
“A medida vem para estimular uma mudança mais radical nos padrões de produção, distribuição e consumo. Todos terão de alterar seus hábitos, desde fabricantes até consumidores. Com isso, o processo de mudança requer informação e boa comunicação com os consumidores", diz a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux.
No entanto, o custo de adaptação dos estabelecimentos, que terão de mudar a maneira como oferecem embalagens aos consumidores, não deve ser repassado aos clientes. "O consumidor só entenderá o benefício ambiental dessa medida se não for onerado e responsabilizado a arcar sozinho com a mudança de hábitos necessária daqui pra frente. Dessa forma, as redes de supermercados devem oferecer alternativas gratuitas", explica Adriana.
Apesar de não haver uma obrigação legal para que os estabelecimentos ofereçam meios gratuitos de transporte dos produtos, o Idec orienta que os estabelecimentos auxiliem o consumidor nesse processo. “Ampliar a oferta de caixas de papelão e estimular o não uso das sacolas com algum tipo de desconto nos produtos são boas opções para preparar o consumidor nesse período de transição, até que a lei comece a vigorar", orienta a pesquisadora.