Oitocentas e noventa toneladas de entulho foram recolhidas no bairro União de Vila Nova, na Zona Leste da capital paulista, em mutirão realizado pelo São Paulo mais limpa neste sábado (21). Também houve coleta de material reciclável. A iniciativa mudou a cara do bairro, mas agora é preciso manter a limpeza.
Como em muitos lugares da cidade, o bairro não tem serviço de coleta seletiva da Prefeitura de São Paulo. A cooperativa do bairro afirmou que irá realizar esse trabalho a partir do mês que vem. “Vai ser feita de porta em porta. No trabalho que a gente fez no sábado, fomos orientando os moradores para ir separando esse material”, afirmou David Barreto, presidente da cooperativa.
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Estruturas grandes de plástico, os pontos de entrega voluntária (PEVs), também vão continuar no bairro. No sábado, 20 deles receberam o material reciclável, coletado durante todo o dia.
O material deixado pelos moradores vai ser levado para cooperativas conveniadas à Prefeitura. “A gente depende dessa reciclagem, que o povo chama de lixo, para sobreviver”, diz a cooperada Ana da Conceição.
Para a destinação correta do entulho, foram deixadas essas duas caçambas. Juntas, têm capacidade para receber 40 toneladas. O descarte irregular de restos de construção sempre foi um grande problema para União de Vila Nova e um lugar adequado para deixar esse lixo pesado é uma reivindicação antiga dos moradores.
As caçambas vão ficar no local até que a Prefeitura construa um ecoponto definitivo no bairro. O mais próximo fica a 3 km da comunidade. “Nós vamos sentar com os técnicos e com a população para definirmos a melhor localização para o ecoponto na região”, afirma Luiz Massao Kita, subprefeito de São Miguel Paulista.
Depois de sábado, o cenário de alguns pontos do bairro mudou. Uma praça, que vivia suja, agora parece outra. De um lado, a grama foi plantada para os boleiros de União de Vila Nova terem onde jogar futebol. Do outro, a ONG espanhola Basurama deixou brinquedos feitos com pneus velhos.
A Prefeitura disse que, em um mês, vai conversar com as lideranças da comunidade para decidir onde ficará o ecoponto definitivo. As caçambas poderão ser utilizadas, e serão limpas a cada vez que lotarem, segundo a administração municipal.