Mundo Sustentável
Ser vegetariano definitivamente não é um bicho de 7 cabeças!
No dia 15, deste mês, inauguramos por aqui, as colunas externas. Nada mais, nada menos que a participação de pessoas diferentes, blogueiras ou não, com ou sem alguma especialidade específica, mas que enfim, através de seus textos trarão assuntos já discutidos ou ainda não mencionados, vistos por outra óptica que não a minha. A idéia inicial seria uma participação por mês, mas como muita gente aceitou escrever também por aqui serão dois textos por mês...
E hoje é a vez da Luka Pires, que vai falar sobre a sua alimentação vegetariana. Um tema que ainda faltava no blog e que muito me interessa. Quem sabe o relato dela não inspire mais pessoas a descobrir as delicias da culinária vegetariana.
Quero compartilhar com vocês minha estória de como me tornei vegetariana há 5 anos atrás e mostrar que muitas das coisas que você ouve sobre vegetarianismo podem ser um mito. Minha mãe conta que quando eu era bem criancinha, com 4 anos, ela me levou ao açougue. Era um dia comum, e ela precisava reabastecer o congelador. Chegando no açougue, me deparei com a cena muito comum na epóca de venderem cabeças de porco cortadas ao meio e expostas assim. Minha mãe conta que comecei a chorar sem mais nem menos e todos que estavam no açougue acharam estranho. Quando ela me perguntou o porquê do choro, apontei pra cabeça do pobre porco e disse : " - Mamãe, mataram o cachorro!"
Pode parecer engraçado, se não fosse trágico. na minha inocência de criança eu via aquilo como um assassinato. Crianças são puras. Mas eu cresci num lar não vegetariano e toda aquela inocência se foi. Porém sempre adorei animais, principalmente gatos e passáros. Resgatava gatos, levava pra casa, cuidava. E assim o tempo passou.
Numa viagem de férias em família, começamos a fazer um churrasco e só tinha carnes aquele dia, nada de acompanhamentos. Comi tanta carne aquele dia, que após um tempo comecei me sentir mal. Não mal fisicamente. Comecei a pensar naqueles animais que eu havia ingerido e me perguntava: "Eu gosto tanto de bicho, porque devo comer carne? Será que se eu parar de comer carne vou ficar fraca ou adoecer?Será que é saudável ser vegetariano? Milhares de perguntas povoavam minha mente. Até que meu enteado na epóca com 5 anos me perguntou porque eu estava tão calada. Comentei com ele, de uma maneira que ele fosse entender, que pensava em virar vegetariana. E ele de novo naquela inocência infantil me disse " - Porque você então não para de comer carne? Se for pra você ficar triste assim, então para!"
Fiquei pensando nas palavras sábias dele. E comecei a ler e a pesquisar sobre vegetarianismo compulsivamente. Eu tinha que ter certeza onde eu estava pisando. Um cunhado meu trabalhou num abatedouro de porcos, e perguntei pra ele sobre como era feito e ele me disse barbaridades em tom de deboche. Como que se aqueles animais nasceram mesmo pra aquele fim, que eram isentos de sentimentos, e que a morte por muitas vezes era lenta e dolorida e cruel. Continuei minhas leituras sobre os abatedouros. A grande maioria da população não tem a menor noção do que se passa nesses locais, da dor que existe ali, da indiferença com a vida , com a falta de respeito com aquelas criaturas. Você ja parou pra pensar que eles sofrem? Que eles sentem dor? E pior: que ali naquela fila do abate, eles sentem os cheiros vindos de lá de dentro, do sangue, dos gritos e lamentos, que sentem que algo terrível esta pra acontecer e que não querem morrer??? Muitos tentam dar meia volta. Mas é tarde demais.
Não vou me delongar no sofrimento dos abatedouros. Procurem pesquisar sobre eles e se espantarão mais o quanto lerem. Deixo a frase celebre do Paul Mcartney, ex beatle:
"Se os matadouros tivessem paredes de vidros, todos seriam vegetarianos"
Em 2010 completei 5 anos sem comer nenhum tipo de carne. Meus últimos exames recentes de B12, Ferro e outros deram taxas acima do esperado. Minha alimentação é baseada nas coisas que você encontra nas feiras livres : verduras, legumes, frutas. A combinação de arroz com feijão sempre é a melhor. Eventualmente consumo soja, ou faço pratos diferentes. Não sinto nenhuma falta da carne,pelo contrário, tenho nojo e as vezes ânsia de vômito ao sentir o cheiro. Sou a única vegetariana da família e no inicio foi muito comum ouvir piadinhas a respeito ou até aqueles que tentavam me amedrontar, além daqueles que claro, julgavam que fosse uma moda passageira.
Meu incentivo pra quem pensa em se tornar vegetariano é : Leia! Leia muito a respeito. Se informe. Existem milhares de sites, de comunidades, de receitas e etc que ajudam a elucidar milhares de dúvidas que a grande maioria das pessoas tem. Posso dizer que nesses 5 anos, doenças que até então era recorrentes como gripes, resfriados e até viroses, quase não tenho mais. A minha saúde melhorou muito e minha disposição também. Não sinto sono além do normal, muito menos canseiras. Me sinto limpa. Outra coisa que as mulheres reclamam muito é do intestino preguiçoso. Saiba que sendo vegetariana, meu intestino funciona como um relojinho todos os dias. Só vejo benefícios em ser vegetariana. Não consigo citar algo ruim sobre ser vegetariana. Mas a melhor de todas as coisas pra mim, é saber que poupei através da minha alimentação, a vida de muitos animais e que a minha consciência está tranquila. Recobrei no alto dos meu 30 anos, aquela inocência perdida da infância e passei a voltar a enxergar os animais como seres que sofrem, que sentem dor, medo e que acima de tudo amam!
Obrigada especial: A queridissíma Mariana pela oportunidade de escrever no blog algumas palavras sobre minha experiência. A minha amada mãe, que me apoiou nesse trajeto e hoje também esta deixando de consumir carnes. E a minha gata Milly, que me ensinou muitas coisas através apenas do amor que tem por mim.
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