O Mané Garrincha poderá ser o primeiro estádio no mundo a receber o selo Leed Platinum, o certificado máximo de sustentabilidade. A categoria é a mais alta que uma construção pode alcançar junto à organização Green Building Council. De acordo com a engenheira responsável pela obra, Maruska Lima de Sousa Holanda, todo o material proveniente da demolição foi reaproveitado. As armaduras e os aços foram para cooperativas de reciclagem e o concreto foi moído para que, a partir dele, fossem feitas as bases dos pisos do estádio.
A cobertura da arena também contribui com a sustentabilidade do projeto. A membrana é autolimpante e utiliza o processo de fotocatálise para a remoção de sujeiras e da poeira que se acumula sobre a estrutura. Com as primeiras chuvas, o material é lavado sem a necessidade de qualquer produto e a membrana volta à cor branca. A ajuda à camada de ozônio corresponde à retirada de mil veículos do trânsito por dia.
A chuva que cai sobre a cobertura é canalizada para cinco reservatórios, onde é filtrada e tratada para ser reutilizada no estádio nos vasos sanitários e na irrigação do campo. A cobertura também permite economia de energia devido à ventilação natural e por diminuir a sensação de calor dentro do estádio, já que reflete os raios ultravioletas e retém 15% da luz amarela.
Será construída ainda uma usina solar no anel de compressão da cobertura, com capacidade de gerar até 2,2 megawatts de energia. A previsão é de que ela seja instalada no segundo semestre de 2013. Outra forma de economizar energia é o uso de lâmpadas de LED em algumas áreas do estádio.
Arena Pernambuco – Para que a Arena Pernambuco consiga atingir a meta de certificação sustentável LEED na categoria prata, os responsáveis contrataram o serviço de consultoria do Centro de Tecnologia em Edificações. O projeto previu a captação de energia solar e de água da chuva, ventilação natural, além de gestão dos resíduos sólidos. Outro ponto é em relação à mobilidade urbana. A arena ficará a três quilômetros do terminal rodoviário e a 19 Km do aeroporto, diminuindo a necessidade do uso de automóveis.
O estádio utilizará a energia gerada por uma usina solar própria com capacidade equivalente ao consumo médio de 6 mil brasileiros. A Usina Solar Fotovoltaica terá potência instalada de 1MWp, o que resulta na geração de 1,5 mil MW. Quando não houver demanda interna, o excedente será injetado na rede da concessionária de distribuição, podendo ser utilizado por outros consumidores.
Fonte: Secretaria de Comunicação do Governo Federal – Secom