Com estas conclusões, o pneumologista Renato Macchione alerta que nesta época do ano, os idosos e as crianças de 0 a 12 anos são os mais propensos a terem aumento de crises asmáticas e pede atenção dos pais, para que redobrem os cuidados com seus filhos durante o período.
“As pessoas portadoras de alergias devem ficar atentas aos corantes e conservantes alimentares, além de fumante na proximidade, que são elementos desencadeantes de fortes crises de falta de ar”, alerta o médico.
De acordo com o especialista, a poluição atmosférica devido aos gases provenientes da combustão de veículos que usam derivados de petróleo, além da emissão de gases provenientes da queima de outros materiais, são fatores agressivos ao sistema respiratório e destaca que “a fumaça do cigarro propaga a maior quantidade de substâncias tóxicas (mais de duas mil) no ambiente, desta forma, agride a todos os expostos numa área próxima, principalmente em ambientes fechados”.
Para evitar complicações durante o período, o cuidado principal é evitar áreas de fumantes, além do uso rotineiro da medicação que foi prescrita pelo seu médico.
A pessoa que ainda não foi diagnosticada como asmática, deve ficar atenta aos sintomas e se acaso apresentar os mesmos deve procurar um tratamento mais rápido possível. Renato Macchione destaca que os principais sintomas da doença são tosse persistente, piora noturna e aos esforços, além de coriza e recusa alimentar. O tratamento é com medicação inalatória, conhecida também como o uso de “bombinhas", seguras e muito menos agressivas que o uso de xarope. “A inalação pode ajudar como medicação apenas de alívio”, explica.
A pesquisa aplicada nos Estados Unidos pela profissional Lara Akibami, destaca ainda que a fumaça de cigarro afeta o sono dos doentes.
Com base em dados do Observatório Nacional de Exames em Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês), observaram entre 2003 e 2010, 972 jovens de 6 a 19 anos que haviam sido diagnosticados com asma. Durante esse período, os participantes foram entrevistados e submetidos a testes clínicos.
Os autores do estudo descobriram que 53% dos jovens que participaram da pesquisa eram frequentemente expostos à fumaça de cigarros, charutos ou cachimbos. Esses participantes tiveram mais chances de irem a um consultório médico ou a um posto de emergência devido a crises de asma ao menos três em um ano do que aqueles que não costumam ser expostos à fumaça de cigarros. Além disso, eles foram mais propensos a terem problemas de sono relacionados à doença uma ou mais vezes por semana.