“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons
Martin Luther Kinghttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1249890-pessoa-dificulta-para-vender-facilidade-diz-haddad-sobre-corrupcao.shtml
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), resumiu o caso mais recente de corrupção na prefeitura com um dito popular. Para ele, "a pessoa cria dificuldade para vender facilidade".
Na terça-feira (19), um engenheiro da prefeitura foi acusado de receber propina para regularizar a documentação de um imóvel. Lotado no Aprov (Departamento de Aprovação de Edificações), o suspeito foi detido após receber R$ 4.000 em dinheiro.
Ele ocupa o cargo de especialista em desenvolvimento urbano, na Secretaria Municipal de Habitação, e recebe um salário bruto mensal de cerca de R$ 3.000.
"Esse dito popular é conhecido. Nós vamos combater esse tipo de prática no município de São Paulo", defendeu o prefeito.
Haddad disse também que a Controladoria Geral do Município vem recebendo denúncias de irregularidades na administração do município desde suas criação e que já recebeu "carta branca" para investigar todos os casos.
O engenheiro preso, Eduardo Tadayoshi Kawai, 52 anos, foi denunciado, segundo a polícia, por uma pessoa que o acusa de ter cobrado R$ 10 mil para regularizar a documentação de um imóvel.
Após a denúncia, a polícia acionou a CGM (Controladoria Geral do Município) para ajudar nas investigações, quando foi feito um trabalho de pesquisa e monitoramento até a identificação do suspeito. Também foram apreendidos computador e documentos do servidor.
Na terça, a defesa do engenheiro disse à Folha que as denúncias feitas não têm fundamento e que isso será provado durante as investigações.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1250531-nada-funciona-na-prefeitura-sem-jaba-diz-ter-ouvido-delator-de-propina.shtml
No dia 18 de fevereiro, o motorista Baltasar de Jesus Machado, 56, recebeu um telefonema de um funcionário da Prefeitura de São Paulo. Era um convite para um café.
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Embora tenha estranhado o convite, diz, decidiu aceitar.
Eles se encontraram quatro dias depois. "Ele [o servidor da prefeitura] foi curto e grosso: 'Vou direto ao assunto: são R$ 10 mil para aprovar o seu projeto.'"
De acordo com o motorista, o autor do convite era o engenheiro Eduardo Tadayoshi Kawai, 52, preso em flagrante pela Polícia Civil na terça-feira acusado de tentar extorquir o próprio motorista.
Com o servidor municipal a polícia apreendeu R$ 4.000 que seriam a primeira parcela dos R$ 8.000 combinados em troca da regularização de um imóvel, na estrada de Taipas, no Jaraguá (zona norte), num flagrante armado.
'PARA O PESSOAL'
O advogado de Kawai nega o pedido de propina.
"Eram R$ 10 mil, mas o Eduardo disse que faria um desconto. Não pegaria a parte dele, só do pessoal."
Ele relata que a cobrança da propina foi mais um capítulo de uma longa história para tentar regularizar o imóvel --um sobrado onde funciona um pequeno comércio.
Tudo começou, segundo ele, quando em 2003 entrou com um pedido na prefeitura para regularizar um imóvel com base na lei de anistia.
Ele tinha ampliado, na década de 1990, o imóvel sem autorização municipal.
Desde então, segundo ele, foi todos os meses na prefeitura acompanhar o processo. Em 2007, ele apresentou todos os documentos, mas só cinco anos depois ter ouvido de um funcionário do Aprov (setor da Secretaria da Habitação que aprova os imóveis) que o processo estava em fase final, faltando só uma assinatura.
Nesse mesmo período, recebeu a ligação de um homem que se dizia ser despachante e poderia "desembaraçar" seu processo.
Teria ouvido: "o senhor não sabe como funciona na prefeitura? Se não pagar um 'jabá' nada é aprovado. O seu caso, pela característica, fica entre R$ 8.000 a R$ 10 mil ".
Em fevereiro de 2013, num encontro com Kawai dentro da prefeitura, teria ouvido: "O senhor está com muita pressa?". O motorista diz ter respondido: "Você está de brincadeira? Faz dez anos que eu não posso fazer nada com meu imóvel."
Pouco depois, veio a cobrança de propina no café marcado pelo servidor. Inconformado, disse pensado: "Eu atendo a 100 'comunique-se' [notificação para que seja resolvida alguma pendência], mas não pago R$ 1."
Dali em diante, diz, passou a trabalhar "dia e de noite" para denunciar o suborno.
Foi a um departamento da Polícia Civil, onde foi orientado a procurar a ouvidoria da prefeitura.
O motorista disse que só recebeu um e-mail para relatar o caso e, talvez, conseguir uma entrevista. "Só depois que bomba estourou foi que as portas da prefeitura se abriram."
A ouvidoria disse que se for constatada falha no atendimento aperfeiçoará o serviço.
Ele retornou à polícia e o caso passou a ser investigado pela DPPC, a delegacia que investiga crimes de funcionários públicos.
'ELES PARCELAM'
O motorista contou ter ficado decepcionado por ter recebido de amigos e parentes o conselho para pagar a propina. "Um vizinho me disse: pague. Eles são gente boa, até parcelam para você".
Esse vizinho, segundo o motorista, paga propina a servidores do Aprov. "Ninguém me apoiou a denunciar. Nem amigos, nem família."
Ele teme que o seu processo emperre, mas que não se arrepende de ter denunciado, embora lamente a prisão do servidor municipal. "Todo mundo sabe que existe um grande esquema lá dentro."
A prefeitura, que colaborou na fase final das investigações, informou que o processo de Machado terá acompanhamento especial.
21/03/2013 - 03h50
Fiscal preso sob suspeita de corrupção foi assessor de vereador na Câmara
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1249879-fiscal-preso-sob-suspeita-de-corrupcao-foi-assessor-de-vereador-na-camara.shtml
ROGÉRIO PAGNAN
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O engenheiro Eduardo Tadayoshi Kawai, 52, preso anteontem em flagrante por suspeita de corrupção, tem ligações com o deputado estadual Jooji Hato (PMDB).
Kawai é acusado de ter pedido R$ 10 mil para agilizar um pedido de regularização de um imóvel na zona norte que tramita desde 2003.
O engenheiro foi assessor de Hato na Câmara Municipal, quando o deputado era vereador. Ele deixou o gabinete de Jooji em setembro de 2005 para trabalhar como supervisor de habitação da Subprefeitura do Jabaquara.
Conforme a Folha apurou, Kawai foi indicado pelo próprio Jooji à subprefeitura, na qual trabalhou até agosto do ano passado, quando pediu demissão porque havia sido aprovado em um concurso para engenheiro da Secretaria da Habitação. Ele foi trabalhar no Aprov, setor que dá aval a projetos imobiliários.
O ex-assessor de Jooji Hato foi preso quando, segundo a polícia, recebia parte da propina -a operação policial, em parceria com a Controladoria-Geral do Município, teve a ajuda da pessoa que denunciou o caso.
A Folha procurou o deputado Jooji Hato, pai do vereador George Hato (PMDB), durante toda a tarde e início da noite de ontem, mas ele não respondeu. O advogado de Kawai disse, no dia da prisão, que ele foi vítima de armação e nega pedido de propina.
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Na área de Direitos Humanos que, por afirmação histórica, caracteriza-se e pela complementaridade e interdependência a atuação cível do Ministério Público abrange a defesa do idoso, da pessoa com deficiência, saúde pública e dentro desta o transtorno mental, inclusão social e o zelo pelo efetivo respeito dos poderes Públicos e dos serviços de relevância aos direitos assegurados na Constituição da República. Entre em contato, como sua identificação: [email protected] - Infância e Juventude
A Promotoria da Infância e Juventude tem como missão a defesa e garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Assim, nos casos de ofensa ou não realização dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, á dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária de criança ou adolescente o Promotor de Justiça deve ser procurado. Endereço de e-mail: [email protected]. - Urbanismo e Meio Ambiente
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