"A revitalização dos parques do Distrito Federal é um compromisso com a população. Vamos ampliar e melhorar as condições desses espaços para receber ainda mais visitantes e turistas. Estamos investindo para garantir mais saúde e bem-estar a quem utiliza os parques e bosques da cidade", ressaltou o governador.
Um dos destaques das novas instalações do Parque Ecológico Dom Bosco será um moderno e sustentável sistema de transporte elétrico, destinado a visitas contemplativas no interior do parque."Passear aqui é muito legal e tranquilo. Temos a floresta para brincar, mas se tiver outras coisas que façam a gente ficar por mais tempo vai ser ótimo", destacou a estudante do 6º ano, do colégio Perpétuo Socorro, Lara Borges, 11 anos.
Brasília, Cidade Parque
Inspirado nos ideais de Lucio Costa, o programa prevê a construção e a revitalização dos 72 parques e das 22 unidades de conservação do DF de forma sustentável. Os recursos, em sua maioria, são provenientes do pagamento das compensações ambientais e florestais pelos empreendedores. O Governo do Distrito Federal entra com serviço de limpeza e manutenção. Com o projeto, a intenção é oferecer mais qualidade de vida e saúde às comunidades vizinhas, que passarão a ocupar o espaço para atividades físicas, lúdicas e pedagógicas.
"Essas revitalizações representam também um investimento na saúde dos brasilienses. Antes não se fazia dessa forma, pois não havia projetos sustentáveis. Após as restaurações, Brasília se tornará um grande parque dentro do cenário urbano, o que contribuirá para aumentar o convívio social", avaliou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Brandão.
Compensações ambientais
No Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) é o órgão competente para conceder licença ambiental. As empresas que geram algum tipo de impacto ambiental em suas obras devem financiar os benefícios em unidades de conservação. No caso do Parque Ecológico Dom Bosco, os investimentos vêm das compensações pagas pelo consórcio Inframérica, que assumiu a gestão do Aeroporto Internacional de Brasília.
No ano passado, os parques da Asa Sul, Ezechias Heringer (Guará), Águas Claras, Saburo Onoyama (Taguatinga), Jardim Botânico, do Cortado, Jequitibás (Sobradinho), Olhos D'Água (Asa Norte), entre outros, receberam obras do programa. Para este semestre, além do Parque Ecológico Dom Bosco, estão previstas reformas nos parques da Estrutural, do Bosque (Sudoeste), Três Meninas (Samambaia), Sucupiras (Planaltina) e Águas Claras.
Bosque Rio +20
Na ocasião, o governador inaugurou o Bosque Rio +20, localizado no Parque Ecológico Dom Bosco. Lá são cultivadas espécies nativas do cerrado, plantadas virtualmente por participantes da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, no ano passado, na cidade do Rio de Janeiro. Isso foi possível por meio de totens interativos instalados no evento. Até agora, o espaço recebeu cerca de mil mudas, cada uma identificada com o nome da espécie e de quem a indicou.
O governador Agnelo Queiroz e a primeira-dama receberam os certificados de plantio virtual das suas mudas. Ele escolheu um angico-vermelho, e ela, um ipê-amarelo. "Os certificados estão sendo enviados por e-mail. O cultivo virtual continua. Temos três totens, que são instalados em eventos e em diferentes lugares da cidade. Até agora, já foram plantadas, virtualmente, cerca de 6 mil mudas", contou o presidente do Ibram, Nilton Reis Júnior.
O Parque Ecológico Dom Bosco está localizado às margens do Lago Paranoá, no Lago Sul. Em uma área de 131 hectares, com fauna e flora típicas do cerrado, oferece trilha de cerca de 2km, com certo grau de dificuldade, pelo relevo acidentado. Possui, ainda, local próprio para banho no lago. Do local, tem-se uma vista panorâmica da área central de Brasília e do Palácio da Alvorada.