Mudanças climáticas, perda progressiva de biodiversidade, escassez de água potável...
Mundo Sustentável

Mudanças climáticas, perda progressiva de biodiversidade, escassez de água potável...



Nos últimos 40 anos, só quatro metas ambientais avançaram, revela ONU

Pnuma avalia que monitoramento, cobrança e prazos são essenciais para fazer projetos avançarem

06 de junho de 2012 | 17h 57

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,nos-ultimos-40-anos-so-quatro-metas-ambientais-avancaram-revela-onu,883220,0.htm

Roberta Pennafort - Agência Estado
RIO DE JANEIRO - Das 90 metas ambientais mais importantes traçadas pelos países nos últimos 40 anos, só quatro avançaram significativamente. Divulgada nesta quarta-feira, a conclusão do Panorama Ambiental Global (GEO-5), análise cuidadosa feita por cientistas de todo o mundo a cada cinco anos, e coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), fez soar o alerta a uma semana da Rio+20: de nada adiantam os acordos se não houver prazos, monitoramento e cobrança.
Veja também:
link Debate da Rio+20 está atrasado, diz porta-voz da ONU
link 20 anos depois, Rio volta a discutir futuro do planeta
link ESPECIAL: Tudo sobre a Rio+20

Relatório será encaminhado a líderes na Rio+20 - Marcos de Paula/AE
Marcos de Paula/AE
Relatório será encaminhado a líderes na Rio+20
O relatório, que consumiu dois anos e meio de trabalho de mais de 300 especialistas, aponta desafios já conhecidos, como as mudanças climáticas (há perspectiva de aumento de três graus ou mais na temperatura global até o fim do século), a perda progressiva de biodiversidade (cerca de 20% das espécies de vertebrados estão ameaçadas) e a escassez de água (mais de 600 milhões de pessoas não terão acesso à água potável segura até 2015).
O diagnóstico será enviado aos mais de 180 representantes de governos presentes à Rio+20. A ONU espera que os dados - em sua maioria, alarmantes, apesar de alguns aspectos positivos na comparação com os GEOs anteriores, como a redução do desmatamento na Amazônia e o esforço chinês para o reflorestamento, a diminuição da poluição do ar e os investimentos em energias renováveis - impactem as decisões. No entanto, não há garantias. "Nos últimos 20 anos, muitos desses relatórios foram jogados no lixo. Mas hoje existe uma inquietude na sociedade que não permite que aconteça de novo", disse o diretor do Pnuma, Achim Steiner. "As ações têm que começar ontem. Estamos vindo de uma inércia de 20 anos, e a Rio+20 é o momento de romper com isso. Em muitos aspectos já não há mais volta", afirmou Carlos Nobre, que representou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Entre as 90 metas, as quatro bem sucedidas foram o fim da produção de substâncias que destroem a camada de ozônio, a eliminação do uso do chumbo em comestíveis, a melhoria do acesso à água e o incremento nas pesquisas para reduzir a poluição. Já nas áreas de preservação de estoques de peixes e de freio nos processos de desertificação, secas e de mudanças climáticas não houve avanço. Em 24 metas verificou-se pouco ou nenhum avanço e em oito, entre elas a relacionada às condições dos recifes de coral no mundo, uma piora do quadro em relação aos relatórios anteriores.
O momento é, portanto, de urgência na reversão de danos e do modelo de desenvolvimento atual para um que contemple a sustentabilidade. Para tanto, o GEO-5 explicita a necessidade de objetivos claros, de curto e longo prazo, com previsão de sanções - justamente um dos pontos frágeis da Rio+20. Segundo o relatório, decisões acertadas de governos são responsáveis por 39% das políticas que se provaram bem sucedidas; enquanto isso, dependem de empresas e das comunidades apenas 22% delas.
"Não tivemos mais avanços porque os governos não abraçaram o desenvolvimento sustentável. Essa é a primeira vez em que, desde o início da discussão, as áreas econômica e ambiental estão juntas", apontou Henrietta Elizabeth Thompson, coordenadora executiva da ONU para a Rio+20. O capítulo dedicado à América Latina e Caribe - região detentora de um terço da água do planeta e um quarto das florestas - lista como maior problema a ser combatido a desigualdade social. 



loading...

- Cientistas Fazem Balanço Dos Resultados Da Rio+20
http://noticias.terra.com.br/ciencia/rio20/noticias/0,,OI6100268-EI19851,00-Cientistas+fazem+balanco+dos+resultados+da+Rio.html 24 de agosto de 2012 • 11h16 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) mobilizou a...

- Brasil Não Deveria Tirar Tema Ambiental Da Rio+20, Diz Marina Silva
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-nao-deveria-tirar-tema-ambiental-da-rio-20-diz-marina-silva Ex-ministra afirma que o Brasil "retrocede 20 anos em políticas ambientais" no governo Dilma e perde a chance de exercer liderança na conferênciaLuís...

- Onu Critica Falta De Liderança Do Brasil
7/04/2012 - 09h43 CLAUDIO ANGELO ENVIADO ESPECIAL AO RIO http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1077166-onu-critica-falta-de-lideranca-do-brasil.shtml O subsecretário-geral das Nações Unidas Achim Steiner criticou ontem o Brasil por mandar...

- As Ameaças Ambientais Podem Comprometer Avanços No Desenvolvimento Humano Nos Próximos Anos
02/11/2011 - 10h30 Problemas ambientais ameaçam avanços no desenvolvimento humanohttp://www1.folha.uol.com.br/poder/1000483-problemas-ambientais-ameacam-avancos-no-desenvolvimento-humano.shtml DA AGÊNCIA BRASILAs ameaças ambientais podem...

- Participe Da Campanha Bilhão De Árvores Para O Planeta - Crescer Verde Do Pnuma. Plante árvores No Seu Parque Urbano E Depois Cadastre.
Campanha Bilhão de Árvores - Crescer Verde Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA Fonte: http://www.unep.org/billiontreecampaign/portuguese/index.asp A “Plantemos para o Planeta: Campanha Bilhões de Árvores” é uma iniciativa...



Mundo Sustentável








.