Marina Silva em visita a Fortaleza
(Foto: Diana Vasconcelos/G1)
Durante discurso de abertura do Third International Climate change Adptation Conference, evento que ocorre em Fortaleza a partir desta segunda-feira (12), a ex-ministra Marina Silva disse não ser mais possível “protelar” a implementação da sustentabilidade no Brasil e no mundo. “Se continuarmos protelando o que os cientistas estão falando, não vamos estar sendo clínicos”, destacou Marina, citando o sociólogo Zygmunt Bauman.
Afirmando partilhar uma experiência de vida e não conhecimento científico, Marina disse acreditar ser necessário "encarar" a sustentabilidade como uma “maneira de ser” e não de “fazer”. Para a ambientalista, assim como na visão Revolução Francesa o lema “liberdade, igualdade e fraternidade” trouxeram “um berço vigoro de novas significações para o mundo”, a sustentabilidade também deve trazer. “Ela deve ser uma visão uma visão de mundo”, afirmou.
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A ex-ministra destacou ainda que o mundo vive cinco crises na atualidade, uma econômica e que se arrasta desde 2008; uma social, onde dois bilhões de pessoas sobrevivem com cerca de US$ 2 por dia; uma crise política, em que as pessoas exigem qualidade de representatividade; uma crise ambiental; e uma crise de valores. “Temos problemas e precisamos dar respostas a esses problemas”, disse Marina, afirmando que a questão da sustentabilidade acaba por influenciar todos estes setores.
Além da ex-ministra, participaram o evento representantes de instituições de pesquisa de mais de 50 países. Ao longo desta semana, a conferência vai discutir os impactos do clima e as opções de adaptação, vai reunir cientistas e profissionais de países desenvolvidos e em desenvolvimento para compartilhar abordagens de pesquisa, métodos e resultados. O objetivo é explorar métodos para dirimir os impactos das mudanças climáticas.