Secretários do Meio Ambiente defendem a criação de fundos financeiros baseados na taxação de produtos e serviços não sustentáveis. A demanda consta da Carta Rio pela Sustentabilidade, assinada por dirigentes de 21 capitais. O documento, com diversas recomendações, foi apresentado no Encontro de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras.
De acordo com o vice-prefeito do Rio e secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, o objetivo é financiar ações sustentáveis. "É o princípio do poluidor pagador. Se uma atividade polui e não temos condições de substituí-la imediatamente, é necessário que ela contribua com um porcentual que vai para um fundo de sustentabilidade. No Rio, a questão está posta e discutimos, com o Conselho de Meio Ambiente da cidade, para chegarmos a uma maneira de como isso pode se constituir de forma efetiva", diz.
Durante o encontro foram trocadas experiências entre as prefeituras das capitais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da população do planeta vive em cidades. Muniz ressalta que as soluções para o meio ambiente no Brasil e no mundo passam, necessariamente, pelas prefeituras.
"Nós conseguimos pactuar um compromisso, assinado por todos, de lutarmos para que nos programas de ação de nossas prefeituras sempre esteja presente a maneira de viabilizar que as nossas cidades sejam cada vez mais sustentáveis. Meio ambiente é o lugar onde a gente vive e principalmente como a gente vive. Que modelo de desenvolvimento nós queremos", declara.