Andrielle Mendes
repórter
A Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco (Chesf) obteve licença do Idema para operar a subestação João Câmara, localizada no município de Parazinho, cidade brasileira com maior capacidade eólica instalada. A autorização foi publicada na edição do último dia 14 do Diário Oficial do Estado. A expectativa é que a subestação, bem como a linha de transmissão que a acompanha, sejam ligadas à rede elétrica até o dia 2 de fevereiro, segundo a Chesf. Os últimos testes já estão sendo realizados, de acordo com Antônio Varejão, superintendente de Transmissão de energia da companhia.
A linha Extremoz-João Câmara e a subestação João Câmara deverão atender parte dos 39 parques eólicos que estão parados à espera de linhas de transmissão no Rio Grande do Norte. Pelo menos 12 desses parques estão prontos desde julho de 2012, mas ainda não geraram nenhum quilowatt de energia, porque não havia linha de transmissão disponível. Outros 15 estão ociosos há um ano, por falta de linhas, segundo dados do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).
Os parques pertencem a seis empresas espalhadas pelo RN: CPFL Renováveis, ContourGlobal, Energisa, Dobrevê Energia (DESA), Serveng e Neoenergia/Iberdrola - algumas delas consideradas gigantes do setor de energias renováveis no mundo. O coordenador de Desenvolvimento Energético do RN, José Mário Gurgel, não soube informar quantos parques serão atendidos exatamente, mas garantiu que a operacionalização da linha ajudará a amenizar os problemas envolvendo o escoamento da energia no estado. A ‘energização’ da linha deverá ‘dar vazão’ a quase 1 gigawatt de energia no Estado, calcula Jean Paul Prates, diretor do Cerne. Isso porque os 39 parques têm capacidade de gerar, juntos, 1,1 GW de energia.
O número é quase três vezes maior que o total de energia gerado atualmente pelos 15 parques em operação no estado. É Megawatt suficiente para tornar o Rio Grande do Norte um estado autossuficiente em energia, ‘com folga’, segundo o Cerne.
Outras linhas ainda estão em instalação no RN. O próximo passo, afirma José Mário Gurgel, é fazer com que o governo federal realize um novo leilão de linhas ainda nesse primeiro semestre para atender os parques que não estão prontos e os que ainda serão contratados.
Vários atrasos marcaram a instalação das subestações e linhas de transmissão de energia no Rio Grande do Norte. O último deles foi comunicado em novembro de 2013, quando a Chesf admitiu que atrasaria outra vez a entrega da subestação João Câmara e da linha de transmissão Extremoz-João Câmara, com entrega inicial prevista para dezembro de 2012.
A razão do último atraso foi a dificuldade para obter autorizações de proprietários de terra para instalar as torres em suas áreas e a descoberta de resquícios arqueológicos em um dos trechos. A carência de subestações e linhas de transmissão no estado foi uma das razões apontadas para o desempenho ‘frustrante’ do Rio Grande do Norte no leilão de energia realizado em novembro de 2013, segundo avaliação do próprio Governo do Estado.
Na ocasião, o RN não conseguiu negociar nenhum dos 71 projetos de parques eólicos que habilitou para a disputa. Feito inédito para o estado, que passou a disputar leilões com a participação de eólicas em 2009, e chegou a ser líder em anos anteriores. O desempenho melhorou apenas no leilão seguinte, quando o estado voltou a negociar parques eólicos no leilão.
Energia - Números
2 de fevereiro é quando a linha de transmissão Extremoz-João Câmara será ligada à rede, permitindo o escoamento de energia.
R$ 170 milhões é quanto a Chesf, responsável pela obra, está investindo na instalação de várias linhas no RN.
2012 era quando a linha Extremoz-João Câmara deveria ter sido entregue pela Chesf.
39 é o número de parques eólicos parados, por falta de linhas de escoamento, no RN.
15 é o número de parques eólicos em operação no RN.
423,15 MW é quanto os 15 parques geram de energia atualmente.
1.019,6 MW é quanto os parques poderiam estar gerando de energia, caso estivessem conectados a linhas de transmissão.
repórter
A Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco (Chesf) obteve licença do Idema para operar a subestação João Câmara, localizada no município de Parazinho, cidade brasileira com maior capacidade eólica instalada. A autorização foi publicada na edição do último dia 14 do Diário Oficial do Estado. A expectativa é que a subestação, bem como a linha de transmissão que a acompanha, sejam ligadas à rede elétrica até o dia 2 de fevereiro, segundo a Chesf. Os últimos testes já estão sendo realizados, de acordo com Antônio Varejão, superintendente de Transmissão de energia da companhia.
Alex RégisNo Rio Grande do Norte, 39 parques eólicos estão parados por falta de linha de transmissão
A linha Extremoz-João Câmara e a subestação João Câmara deverão atender parte dos 39 parques eólicos que estão parados à espera de linhas de transmissão no Rio Grande do Norte. Pelo menos 12 desses parques estão prontos desde julho de 2012, mas ainda não geraram nenhum quilowatt de energia, porque não havia linha de transmissão disponível. Outros 15 estão ociosos há um ano, por falta de linhas, segundo dados do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).
Os parques pertencem a seis empresas espalhadas pelo RN: CPFL Renováveis, ContourGlobal, Energisa, Dobrevê Energia (DESA), Serveng e Neoenergia/Iberdrola - algumas delas consideradas gigantes do setor de energias renováveis no mundo. O coordenador de Desenvolvimento Energético do RN, José Mário Gurgel, não soube informar quantos parques serão atendidos exatamente, mas garantiu que a operacionalização da linha ajudará a amenizar os problemas envolvendo o escoamento da energia no estado. A ‘energização’ da linha deverá ‘dar vazão’ a quase 1 gigawatt de energia no Estado, calcula Jean Paul Prates, diretor do Cerne. Isso porque os 39 parques têm capacidade de gerar, juntos, 1,1 GW de energia.
O número é quase três vezes maior que o total de energia gerado atualmente pelos 15 parques em operação no estado. É Megawatt suficiente para tornar o Rio Grande do Norte um estado autossuficiente em energia, ‘com folga’, segundo o Cerne.
Outras linhas ainda estão em instalação no RN. O próximo passo, afirma José Mário Gurgel, é fazer com que o governo federal realize um novo leilão de linhas ainda nesse primeiro semestre para atender os parques que não estão prontos e os que ainda serão contratados.
Vários atrasos marcaram a instalação das subestações e linhas de transmissão de energia no Rio Grande do Norte. O último deles foi comunicado em novembro de 2013, quando a Chesf admitiu que atrasaria outra vez a entrega da subestação João Câmara e da linha de transmissão Extremoz-João Câmara, com entrega inicial prevista para dezembro de 2012.
A razão do último atraso foi a dificuldade para obter autorizações de proprietários de terra para instalar as torres em suas áreas e a descoberta de resquícios arqueológicos em um dos trechos. A carência de subestações e linhas de transmissão no estado foi uma das razões apontadas para o desempenho ‘frustrante’ do Rio Grande do Norte no leilão de energia realizado em novembro de 2013, segundo avaliação do próprio Governo do Estado.
Na ocasião, o RN não conseguiu negociar nenhum dos 71 projetos de parques eólicos que habilitou para a disputa. Feito inédito para o estado, que passou a disputar leilões com a participação de eólicas em 2009, e chegou a ser líder em anos anteriores. O desempenho melhorou apenas no leilão seguinte, quando o estado voltou a negociar parques eólicos no leilão.
Energia - Números
2 de fevereiro é quando a linha de transmissão Extremoz-João Câmara será ligada à rede, permitindo o escoamento de energia.
R$ 170 milhões é quanto a Chesf, responsável pela obra, está investindo na instalação de várias linhas no RN.
2012 era quando a linha Extremoz-João Câmara deveria ter sido entregue pela Chesf.
39 é o número de parques eólicos parados, por falta de linhas de escoamento, no RN.
15 é o número de parques eólicos em operação no RN.
423,15 MW é quanto os 15 parques geram de energia atualmente.
1.019,6 MW é quanto os parques poderiam estar gerando de energia, caso estivessem conectados a linhas de transmissão.