Quando lemos ou assistimos alguma matéria que fala sobre animais em extinção, aumento gradual da temperatura que a cada verão nos traz tanto desconforto, enchentes, etc, não fazemos nenhuma ligação com nosso dia a dia.
A palavra sustentabilidade também nos parece distante, como se fosse apenas discurso de um grupo de intelectuais preocupados em defender o meio ambiente. No entanto, tudo isso tem tudo a ver com todos nos que habitamos o planeta terra. Isso acontece com tudo que consumimos, da roupa que vestimos ao que colocamos no nosso prato. Será que a roupa que compramos não foi produzida com trabalho escravo? Será que não estamos comendo transgênicos demais, inclusive sem saber? Então precisamos entender que temos nossa responsabilidade, é o famoso "se toca".
Nós que fazemos a Coluna do Consumidor queremos desejar a nossos leitores que o ano que se aproxima nos traga relações mais éticas, transformações pessoais, idéias inovadoras, paz e respeito não só nas relações de consumo como também em todas as outras relações sociais, incluindo aí a sustentabilidade do planeta.
Para isso, só precisamos de mudanças de hábito de consumo e respeito à natureza. Feliz Ano Novo.
Réveillon mais sustentável
Diminuir o uso de copos e plásticos descartáveis e reutilizar objetos de decoração do ano anterior podem ajudar o seu bolso e o meio ambiente
Período conhecido tradicionalmente pelos excessos de uma ceia farta, as festas de fim de ano também podem ser uma boa uma oportunidade para repensar velhos hábitos e colocar em ação práticas mais sustentáveis, que vão desde a escolha dos presentes até a decoração da casa.
As ceias de final de ano são, tradicionalmente, períodos em que o desperdício é freqüente. Para tentar reverter esse cenário, o primeiro passo é estipular adequadamente a quantidade de comida necessária para os convidados da festa. O excesso que extrapola os dias seguintes às celebrações deve ser evitado, pois podem apresentar riscos à saúde devido à possível contaminação dos alimentos.
Uma boa forma de combater o desperdício é utilizar receitas que se façam valer do aproveitamento integral do que pode ser consumido. Sites de ONGs como a Banco de Alimentos, oferecem receitas que priorizam o reaproveitamento das cascas e sementes dos alimentos. "Essa prática auxilia também na diminuição da geração de resíduos orgânicos", explica Adriana Charoux, pesquisadora do Idec/ SP.
Outra boa alternativa é fazer uma ceia que priorize os produtos e frutas da estação: nozes e castanhas podem ser substituídas por frutas encontradas com maior facilidade e por um menor preço, como ameixas e uvas.
A pesquisadora do Idec também sugere que essas frutas sejam adquiridas em feiras orgânicas. "Comprar na feira, além de ser mais barato e saudável, contribui para o encurtamento das cadeias de produção, aproximando a produção de seu local de consumo", acrescenta Adriana.
Em Natal, contamos com uma feirinha de produtos orgânicos que funciona sempre aos sábados na Praça Cívica do Campus da UFRN e nessa semana excepcionalmente, deverá funcionar na sexta-feira, dia 30/12.
Reutilize a decoração
Outra idéia sustentável é optar por objetos de decoração reaproveitados do ano anterior. Ao terminar a festa, armazene-os com cuidado e eles poderão ser usados no ano seguinte. Também é possível decorar a mesa com vasos e plantas da estação e iluminar a celebração com velas. Além de darem um charme especial, elas ajudarão na economia de energia elétrica.
Nova lei amplia área de atuação
Sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de dezembro de 2011, a Lei 12.545 determina um papel mais ativo ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) no combate a práticas enganosas de comércio, de acordo com o presidente da instituição, João Jornada. A nova lei, que também acrescentou a palavra tecnologia ao nome da instituição, permite que o Inmetro passe a atuar ao lado da Receita Federal para evitar a entrada de produtos estrangeiros que não atendam a requisitos técnicos estabelecidos pela regulamentação brasileira.
Na prática, a Receita Federal poderá solicitar o apoio do Inmetro para fazer as análises técnicas e aferir a qualidade dos produtos importados in loco nas áreas de alfândega antes do desembaraço alfandegário.
(Fonte: www.idec.org.br)