19/Dezembro/2012Tecnologia deve permitir a construção de quatro casas populares de 45 m² por dia no padrão de habitações da faixa 1 do Minha Casa, Minha VidaGustavo Jazra | |
A sede da Rede iVerde, um protótipo de 45 m² fabricado com sistema wood frame, foi montada em menos de três horas nesta quarta-feira (19) no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba. Criada recentemente, a iVerde, formada pelas empresas Tecverde Engenharia e Construtora Roberto Ferreira, objetiva prestar serviços de consultoria quanto à implantação de fábricas com o sistema, treinamento de pessoal, sistema de controle de qualidade, auditorias externas mensais e indicação de fornecedores qualificados, entre outros. O projeto segue as diretrizes da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que atinge a população de um a três salários mínimos. "Há grande risco de perda de dinheiro na construção de empreendimentos dessa faixa com sistemas convencionais. É essa demanda que a Rede iVerde pretende suprir", afirma Lucas Maceno, diretor de produção da Tecverde. Segundo a empresa, a tecnologia permite margem de valor 10% menor que a da construção convencional. De acordo com os fabricantes, o sistema também possibilita a construção de casas em tempo três vezes menor e com a utilização de menos mão de obra. No final deste ano, a Rede iVerde deve finalizar, em parceria com Instituto Falcão Bauer, o Relatório Técnico de Avaliação do sistema, de acordo com as normas do setor. "A partir disso há uma comprovação garantida da eficiência das casas da Rede, o que possibilitará liberação de financiamento da Caixa e do Banco do Brasil em grande escala", diz Maceno. Segundo previsão da iVerde, no primeiro semestre de 2013 deve ser aprovado o licenciamento da tecnologia do sistema construtivo, bem como disponibilizado a outros construtores. Além do Instituto Falcão Bauer, a rede firmou parcerias com a Lactec, UTFPR, e Senai para constituição do centro de desenvolvimento e pesquisa para o melhoramento da tecnologia. Residencial Haragano O projeto piloto da iVerde, o Residencial Haragano, desenvolvido em parceria com a Caixa Econômica Federal, foi um dos destaques da 19ª edição do Prêmio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Classificado em segundo lugar na categoria Sistemas Construtivos, o projeto consiste na construção de 280 casas do tipo em Pelotas (RS). Cerca de 200 casas populares, das 280 compreendidas no projeto contemplado pelo MCMV, foram entregues para finalização do acabamento num período de cinco meses. As outras 80 que restam devem ser finalizadas até janeiro do próximo ano. A entrega deve acontecer em maio. Ainda segundo Lucas Maceno, o projeto foi viabilizado pela Caixa após a demonstração da qualidade do sistema construtivo desenvolvido. |