O sueco Wadström Petra desenvolveu um purificador de água ideal para países em desenvolvimento, que sofrem com a falta de água potável e estrutura de distribuição e saneamento. A ideia surgiu em 1990 e hoje já pode ser comercializada.
Segundo ele, tudo começou com um pensamento de aproveitar a energia do sol, abundante no território australiano, onde ele morava. Somente após muito tempo de estudo e experiências no Nepal e no Quênia foi que o
Solvatten nasceu.
As jarras de água foram desenvolvidas especificamente para a realidade de países africanos, que podem resolver parte de seus problemas pelo uso do dispositivo de esterilização solar.
A invenção tem a aparência de um grande jarro de água, com quatro bicos, capaz de armazenar dez litros. A diferença está no interior do equipamento, composto por um mecanismo de capitação dos raios ultravioletas.
O funcionamento é simples e o resultado ocorre em duas horas ou mais, dependendo da quantidade de calor e incidência solar do momento. Para isso, basta encher o garrafão com a água “contaminada”, usando as duas bocas destinadas a entrada de ar. Depois é só abrir o dispositivo, como se ele fosse repartido ao meio, e deixá-lo exposto ao sol.
O conceito é o mesmo do método SODIS, que permite o esterilizamento da água a partir do uso de plásticos transparentes e calor. Porém, neste caso o dispositivo possui outras tecnologias, como o sistema de alerta quando a água está pronta para o uso. Após a ação dos raios UV, o usuário pode perceber que um rosto sorridente aparece iluminado no sensor do Solvatten, esse é o sinal de que a água já pode ser bebida.
Os equipamentos ainda não estão sendo comercializados na África, mas a empresa espera iniciar as vendas em breve. O único impedimento, por enquanto, é o preço de US$ 200 a US$ 250, considerado caro para a realidade para o qual foi projetado.
Com informações do Engineering for Change. Crédito de Imagens: SolvattenConfira o vídeo que mostra como o equipamento funciona (em inglês):
Redação CicloVivo