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Que o cigarro afeta a saúde de diversas maneiras, sendo o principal fator de risco para doenças, todo mundo sabe. No entanto, estudos comprovam que os malefícios do ato de fumar vão além: ele acelera o envelhecimento da pele, tanto quanto a exposição solar.
No Congresso de Verão da Academia Americana de Dermatologia houve uma sessão em que se discutiu extensamente o papel do tabagismo no envelhecimento cutâneo. Trabalhos científicos realizados, sobretudo em gêmeos fumantes e não fumantes, identificaram o cigarro como um fator determinante do envelhecimento da pele e independente da exposição solar. Por envelhecimento cutâneo entenda-se surgimento de rugas (principalmente ao redor da boca e dos olhos) e flacidez cutânea. Há combinação desses efeitos com aqueles causados pela exposição solar e também com o envelhecimento natural, torna a situação ainda pior com o passar dos anos.
De acordo com Tatiana Villas Boas Gabbi, dermatologista do Zahra Spa & Estética, na pele dos fumantes a produção das fibras que dão firmeza a cútis – colágeno e elastina – é diminuída. Além disso, há um aumento das enzimas que digerem a substância que dá sustentação as células, levando também à degradação das fibras citadas anteriormente.
O cigarro ainda promove uma diminuição dos níveis de antioxidantes no sangue e estimula a liberação de íons superóxidos pelas células de defesa, os leucócitos. Tudo isso favorece o surgimento de lesões celulares que podem se tornar irreversíveis, causando uma aceleração importante do envelhecimento natural da pele.
Tratamentos minimizam o problema, mas não acabam com eles, o que torna a atuação do dermatologista fundamental tanto na conscientização da população de mais esse efeito maléfico do cigarro, como no sentido de tentar reparar os danos já presentes.