http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1134947-obra-em-ciclovia-na-av-sumare-oferece-perigo-a-ciclista.shtml
Quem desce pela ciclovia do canteiro central da avenida Sumaré (zona oeste da cidade) esbarra, no meio do caminho, com uma obra.
A pista de concreto do calçadão, hoje compartilhado entre ciclistas e pedestres, dá lugar a um trecho de cerca de 300 metros com terra, buracos e pedras quebradas há uma semana.
Contêineres da obra também bloqueiam a passagem na altura do número 1.876. E as pessoas têm que desviar pela estreita calçada, cheia de postes de radar.
Na verdade, a reforma que está sendo executada agora pela Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras), já era pedida desde 2010. Na época, reportagem daFolha mostrava que o calçadão oferecia riscos aos "atletas" da região, com suas raízes expostas e trechos de concreto destruídos.
A obra prevê ampliação da ciclovia mantendo todas as árvores do canteiro. Ela agora passará a ter dois sentidos, cada um deles com três metros de largura.
As calçadas, de 80 cm de cada lado, serão adequadas de acordo com as normas de acessibilidade. A duração do contrato será de 90 dias e o custo, de R$ 697.482. Também vai incluir mudanças no paisagismo e iluminação com lâmpadas de vapor metálico, aos moldes do que foi feito na avenida Paulista.
| Marcelo Justo/Folhapress | |
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O ciclista Carlos Garcia Magalhães pedala no canteiro central da avenida Sumaré |
DESVIO PELA RUA
Enquanto a obra está sendo feita, usuários reclamam de falta de informação -não havia nenhuma placa no local-, ausência de operários trabalhando -a Folha esteve lá na segunda-feira e ontem, às 16h, e não viu nenhum- e da dificuldade de andar naquele trecho.
"Agora os ciclistas estão andando mais pela motofaixa, é perigoso", aponta Waneli Fernandes, 48, que mora na região e corre todos os dias no canteiro da Sumaré.
Em dez minutos no fim da tarde de ontem, a Folha viu três ciclistas descendo pela motofaixa.
O churrasqueiro João da Silva, 28, por exemplo, preferiu desviar do trecho com terra pela motofaixa por ser "mais rápido", já que a calçada também tem buracos.
Já o músico Carlos Magalhães, 38, até tentou passar pelo trecho com terra, mas quase caiu e desviou pela calçada. "Minha bicicleta não é para andar na terra, o pneu não adere. Mas venho pela calçada porque tenho receio de andar pela faixa de motos, elas vêm muito rápido."
| Editoria de Arte/Folhapress | |
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