Rio de Janeiro - O Departamento de Controle do Espaço Aérea (Decea) vai usar, a partir do início do ano que vem, uma tecnologia de última geração que reduzirá sensivelmente o ruído nas operações de pouso e decolagem no Aeroporto Santos Dumont, minimizando os transtornos para os moradores dos bairros próximos.
As informações foram dadas à Agência Brasil pelo coronel Júlio César de Souza Pereira, chefe de Planejamento Estratégico Operacional do Decea, órgão vinculado ao Ministério da Defesa e que tem a incumbência de planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com o controle do espaço aéreo brasileiro.
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Segundo o coronel Pereira, a tecnologia está sendo testada, inicialmente, em parceria com a Gol Linhas Aéreas, e “permitirá que as aeronaves possam voar em uma trajetória bem mais precisa, em descida contínua, constante e com menos utilização dos motores”. Segundo o militar, isso que reduzirá de forma considerável, os ruídos que tanto incomodam os moradores de bairros como Flamengo, Santa Teresa, Urca e Glória.
O coronel adiantou, ainda, que a nova tecnologia - que já foi utilizada experimentalmente na semana passada – também permitirá às aeronaves realizar operações de pouso e decolagem “em condições meteorológicas adversas, evitando o fechamento constante do terminal aeroportuário e reduzindo os transtornos para os passageiros”.
O chefe de Planejamento Estratégico Operacional do Decea confirmou que algumas das medidas já começam a ser testadas a partir do dia 20, como havia antecipado ontem (5) a presidenta do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio, Marilene Ramos.
“Embora a segunda fase do programa só comece a ser implementada no início do próximo ano, ainda em outubro nós daremos início à primeira fase do planejamento desenvolvido pelo Decea com vistas a reduzir os ruídos no Santos Dumont”. O coronel Pereira explicou que, na primeira fase, a Decea passará a adotar uma nova trajetória para a chamada Rota 2, na qual os aviões vão poder reduzir o uso dos motores sem o comprometer a estabilidade.
“Hoje, com a tecnologia atual, na Rota 2, a aeronave obrigatoriamente tem que voar muito baixo por um longo período, o que causa o excesso de ruídos Como o voo é nivelado muito baixo, isto faz com que a aeronave tenha que usar mais um motor para manter o avião estabilizado.
O que nós estamos buscando é, com a tecnologia já existente, adotar uma trajetória que possa fazer o pouso da melhor maneira possível e que atenue ao máximo o nível de ruídos”.