A decisão de aposentar a frota veio também após o desastre com o Columbia. A orientação do então governo Bush era finalizar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), aposentar a frota até 2010 e desenvolver uma nave nova que deveria estar em operação em 2014.
De lá para cá, o governo Obama confirmou a aposentadoria do programa, mas permitiu um ano a mais de voos, até 2011. As operações na ISS foram estendidas até pelo menos 2020. E o programa de naves da administração Bush, o projeto Constellation, foi cancelado. Em seu lugar, o atual presidente ordenou que a parte de desenvolvimento e construção de espaçonaves fosse delegada à iniciativa privada, enquanto a Nasa se dedicaria a pensar as próximas fronteiras da exploração espacial.
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“Vamos começar a estender as fronteiras que temos para que não fiquemos fazendo a mesma coisa repetidamente. Vamos pensar sobre qual é o próximo horizonte. Qual é a nova fronteira? Mas para fazer isso, vamos precisar de avanços tecnológicos que ainda não temos”, disse Obama na quarta-feira (6) em uma entrevista com usuários do Twitter.
O presidente americano afirmou que a “nova fronteira” pode ser Marte e que, para chegar lá, “um asteroide é um bom ‘pit stop’”.
Enquanto a iniciativa privada não entrega a nova nave, no entanto, os americanos vão ficar sem acesso próprio ao espaço – algo que não acontece desde 1961, quando Alan Shepard se tornou o primeiro cidadão do país a deixar a Terra. Para chegar à ISS, eles terão que fazer algo que tiraria do sério Shepard, o homem que perdeu a chance de ser o primeiro no espaço para Yuri Gagarin por pouco mais de um mês, 50 anos atrás: pagar para viajar em naves da Rússia.