CRISTINA MORENO DE CASTRODE SÃO PAULO
De um lado, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo ), o córrego das Corujas é cercado por árvores e gramado, é aberto, limpo e apreciado pelos moradores das casas ao redor.
Já no outro lado da rua Pascoal Vita, o curso d'água seguia por um terreno abandonado, com mato alto, usado como esconderijo de assaltantes e usuários de drogas.
Após pedido da Associação Toca das Corujas Vila Beatriz, movimento de moradores que se uniu em 2001, o matagal começou a ser reformado em agosto e deve ser inaugurado, na forma de parque linear, nos próximos dias.
Ganhou gramado, grades, jardins já floridos, aparelhos de ginástica, oito bancos, uma ponte e virou passagem para as ruas Natingui e Beatriz, com portões que deverão ser fechados à noite e vigiados por seguranças.
| Manuel Salvado/Folhapress | |
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Parque linear ao lado do córrego das Corujas, na Vila Madalena deve ser inaugurado nos próximos dias |
Mas moradores do edifício Natingui, onde o córrego desemboca em canais, ficaram temerosos que o projeto do parque tenha estreitado a calha, aumentando a força das águas que tradicionalmente alagam a garagem do prédio.
Em 2009, a arquiteta Jorgina Nello Barbosa, que mora na região, doou um projeto à associação. Ele previa o aprofundamento e o alargamento da calha do córrego, com fundo de concreto. Segundo a arquiteta, as enchentes seriam bem menores, caso a proposta tivesse sido acatada.
A subprefeitura de Pinheiros, porém, fez outro projeto, que não tem intenção de drenagem, apenas paisagística.
Questionado, o órgão afirmou que o córrego não foi estreitado, "apenas adequado no local" e limpo. O custo das obras foi de R$ 358.384,25.