Publicação com dicas e orientações é destinada aos órgãos, autarquias, fundações e empresas estatais
Com vistas à busca constante do desenvolvimento com sustentabilidade, o Governo de Minas, atendendo ao disposto no Decreto Estadual nº 46.105/2012, elaborou o novo Manual de Sustentabilidade para Especificação Técnica de Lâmpadas e Reatores. O trabalho foi desenvolvido por meio de parceria entre a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e publicado no dia 1º, no Portal de Compras do Governo de Minas.
Destinado aos órgãos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes de recursos do Tesouro Estadual, o manual contém dicas direcionadas aos servidores para economia de energia elétrica, orientações para contratos de fornecimento de energia em média tensão e observação de energia reativa na fatura.
"O manual veio padronizar a aquisição de equipamentos eficientes, o que possibilita a redução no consumo e no custo de energia", informou o coordenador do Programa de Gestão Energética Estadual, Jessé Sidney da Silva, da Diretoria Central de Administração e Logística (Dcal).
O trabalho para o uso de equipamentos eficientes no Estado vem desde 2003, quando foi promulgado o Decreto nº 46.696/2003 que estabelecia metas de redução de 15% de energia elétrica para o Poder Executivo.
"Identificamos variação grande de especificações de itens de equipamentos luminotécnicos (lâmpadas e reatores) cadastrados no Catálogo de Materiais e Serviços (Catmas). Isso nos direcionou a realizar o enxugamento dos 547 itens para apenas 92. Priorizamos características técnicas como temperatura de cor (k), eficiência mínima (lm/W) e vida útil mínima (h) de uma lâmpada e índice de reprodução de cores (IRC), segundo critérios de eficiência ditados pelo Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado pelo Ministério de Minas e Energia", salientou Jessé.
CRITÉRIOS - Ele afirma que, se observados os critérios do Manual, é possível reduzir em até 40% os custos de uma boa contratação de equipamentos energeticamente eficientes. "Hoje deixamos de usar lâmpadas com estimativa de vida útil de quatro mil horas (aproximadamente um ano), para usarmos a lâmpada de vida útil estimada em 24 mil horas (cerca de seis anos), com economia substancial. A lâmpada incandescente de 100 Watts ligada por 750 horas equivale a R$39,50, enquanto a fluorescente compacta de 24 watts ligada por igual período tem custo de R$ 9,00 na fatura de energia elétrica", comparou Jessé.
"Além disso, optando por equipamentos mais eficientes com maior tempo de vida útil evitamos o desperdício de energia em diversas áreas, diminuímos a poluição do meio ambiente e evitamos a necessidade de implantação de novas centrais de geração de energia elétrica, contribuindo para a preservação dos recursos naturais", finalizou Jessé.