Um estudo feito por cientistas da Universidade da Califórnia, EUA, mostra que a ilha de plástico do Oceano Pacífico aumentou mais de cem vezes o seu tamanho durante os últimos 40 anos. Esta enorme concentração de lixo é responsável por alterações no ambiente marinho.
A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (9) no portal especializado Royal Society Publishing e segundo os cientistas a concentração de plástico, conhecida como “Giro Subtropical do Norte Pacífico” (NPSG, em inglês) já ocupa uma área maior que o estado de Minas Gerais.
O plástico, quando descartado inadequadamente no ambiente, já é, por si só, um problema. Porém, a situação é ainda pior quando ele começa a alterar as espécies e os habitats naturais. É isso o que tem ocorrido nesta área do oceano.
Segundo os especialistas, diversos animais estão ingerindo plástico e consequentemente diferentes elementos químicos e até tóxicos. Além disso, foi identificado um aumento anormal na quantidade de “gerrídeos”. A espécie utiliza o plástico como habitat e depósito de ovos. Com a grande quantidade dos resíduos no oceano, a tarefa que antes era difícil agora está facilitada e o reflexo disso é uma quantidade atípica da espécie.
Esta situação coloca em risco o zooplâncton e também os ovos de peixe, que são os alimentos dos insetos marinhos. Portanto, o alerta feito pelos cientistas é de que se este crescimento continuar se manifestando é possível que ocorra um desequilíbrio na cadeia alimentar marinha.
Segundo dados da ONG Surf Rider Foundation, anualmente são produzidos cem milhões de toneladas de plástico. Sendo que 10% deste total acabam nos oceanos, colocando em risco a vida de muitos animais.
Com informações do AFP.
Redação CicloVivo
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