Fumar em parque agora é proibido em Nova York. Se a moda pega...
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Fumar em parque agora é proibido em Nova York. Se a moda pega...


Fumar em parque agora é proibido em Nova York

Tabaco também foi banido de praias, piscinas, centros de recreação e praças; nova regra começou a valer ontem e prevê multa de US$ 50

24 de maio de 2011 | 0h 00

fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110524/not_imp723266,0.php

Mosi Secret e Noah Rosenberg, The New York Times - O Estado de S.Paulo
Um maço de cigarros Newport Red numa loja de conveniência de Manhattan: US$ 11,50. Tabaco de enrolar da marca Drum (papel incluído): US$ 13. Ser flagrado fumando em Times Square: multa de US$ 50.
Daniel Barry/Getty Images/AFP
Daniel Barry/Getty Images/AFP
Vetado. Placa na Times Square: entre os fumantes, misto de indignação e resignação



Ontem, tornou-se ilegal fumar em muitas áreas externas da cidade de Nova York, incluindo parques, praias, piscinas, centros de recreação e outros locais sob a jurisdição do Departamento de Parques e Recreação. As praças, entre elas as de Times Square e Herald Square, também estão entre os espaços onde fumar será proibido, assim como o Passeio de Coney Island.
A proibição é a mais recente tentativa do prefeito Michael Bloomberg e de alguns membros da Câmara dos Vereadores de proteger os não fumantes do fumo passivo. Em 2002, o prefeito esteve na vanguarda de uma bem sucedida campanha para proibir o fumo em bares, incluindo os de restaurantes. A lei entrou em vigor em março de 2003. (A cidade proibiu o fumo na maioria dos restaurantes em 1995. Fumar em outras áreas externas ainda é permitido.)
Nicotina. Um estudo realizado em 2009 pelo Departamento Municipal de Saúde descobriu que 57% dos adultos não fumantes de Nova York apresentavam no sangue um alto nível de um derivado da nicotina, indicando que tinham sido recentemente expostos a fumaça de cigarros. Entre os adultos de todos os Estados Unidos, essa proporção média é de 45%.
Tara Kiernan, porta-voz do Departamento de Parques, disse em e-mail que o respeito à proibição não deve exigir muito policiamento. Os representantes do órgão têm autoridade para emitir mandados de citação, mas, sempre que possível, preferirão "educar" os infratores a respeito da nova lei, acrescentou ela.
Fumantes. Ainda é cedo para saber se fumar discretamente na praia ou no parque será uma prática que, como jogar lixo na calçada ou atravessar a rua fora da faixa, nunca recebe castigo, mas anteontem muitos fumantes manifestaram um misto de indignação e resignação em relação à nova lei.
"Sinceramente, não me importo", disse Kim, de 37 anos, moradora de Tampa, Flórida, que passeava na Times Square na tarde de anteontem. "Compreendo os males do fumo passivo e a preocupação que isso desperta. Vou fumar em outro lugar."
Zoe Rosario, de 22 anos, passeava com o namorado em Cooper Park, no Brooklyn, e ficou surpresa ao ser informada da proibição que entraria em vigor no dia seguinte. "Como assim? Sou fumante e me oponho a essa lei!" Ela disse fumar aproximadamente um maço por dia. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL




24/05/2011 - 13h38

Nova York proíbe fumo em parques e praias


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/920122-nova-york-proibe-fumo-em-parques-e-praias.shtml

DA FRANCE PRESSE

Uma nova lei que entrou em vigor na segunda-feira (23) em Nova York proíbe fumar em 1.700 parques e praças, além de banir o consumo de cigarros ao longo de 22,5 km de praias da cidade.
A medida, que foi decretada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, prevê multa de US$ 50 para quem for flagrado fumando em locais proibidos.
Para advertir os fumantes, foram colocados sinais nas entradas dos locais públicos, mas, como era de se esperar, a medida deixou alguns insatisfeitos: "Não sabia da lei. Vi muitas pessoas fumando. É ridículo", afirmou o arquiteto e fumante David Harris, de 40 anos.
"Não poder fumar em um lugar fechado é algo que faz sentido, mas a proibição em um lugar aberto não faz sentido algum", argumentou Harris.
Desde 2003 era proibido fumar em Nova York em bares e restaurantes. Muito antes disso, já era proibido o fumo em locais de trabalho.
Para sensibilizar a opinião pública, o departamento de Saúde e Higiene Mental anunciou esta semana o lançamento de uma campanha educativa na televisão, no metrô e na imprensa escrita.
À frente desta campanha contra o cigarro, Bloomberg assegurou que a partir de segunda-feira "os espaços públicos serão não apenas mais agradáveis, mas também mais saudáveis, limpos e belos".
"Todos sabemos que fumar é algo nocivo, mas os fumantes passivos são um grande perigo para saúde pública. Baixar a porcentagem de exposição dos nova-iorquinos como fumantes passivos é um passo importante para dar mais saúde a nossa cidade."
Segundo o comissário do departamento de Saúde de Nova York, Thomas Farley, "os parques livres de cigarros protegem a todos aqueles que os visitam dos riscos trazidos pelo fumo passivo" e eliminam o mau exemplo às crianças.
O tabagismo é responsável por um terço das mortes evitáveis na cidade, de acordo com o prefeito de Nova York. O número de fumantes na cidade já caiu 27% entre 2002 e 2009 e o número de mortes vinculadas ao cigarro recuou 17% ao longo da última década.
Além dos casos de saúde, há também uma questão ambiental envolvendo os fumantes. Segundo dados oficiais, os filtros de cigarro somam mais de 75% do lixo encontrado nas praias e demoram mais de 18 meses para se decompor.












São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011 

Novo método tem maior taxa de sucesso contra o cigarro

Tratamento à base de remédios faz mais ex-fumantes, com menos recaídas

Sistema atinge 55% de eficácia, mas deixa de lado a terapia, que aumenta as chances de vencer a dependência 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2905201101.htm

autoria: CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

Um novo modelo de tratamento do tabagismo desenvolvido no InCor (Instituto do Coração) tem feito mais pessoas pararem de fumar, com menos chances de recaídas. 
Cerca de 25 milhões de brasileiros acima de 15 anos são fumantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
Chamado de PAF (Programa de Assistência ao Fumante), O modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai medindo e tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro. 
A cardiologista Jacqueline Scholz Issa, criadora do método, que está há 18 anos à frente do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor, diz que a taxa de eficácia do programa, no período de um ano, é de 55% -contra 34% da que existia cinco anos atrás. Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%. 
Esses primeiros resultados, obtidos a partir de 400 pacientes atendidos, foram apresentados à comunidade científica internacional em congresso no Canadá. 
Eles também serviram de base para a elaboração de um software, que pode ser acessado via internet por médicos de todo o país. Centros públicos terão acesso grátis.

EMOÇÕES
O sistema permite saber quantos fumantes desistiram do tratamento, quantos sofreram efeitos colaterais dos remédios, quantos tiveram sucesso ou recaídas e quais as causas dos insucessos.
Ele também permite que o médico avalie melhor o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.
A partir desses dados, Issa desenvolveu uma metodologia de tratamento que considera, entre outras coisas, o grau de desconforto do paciente durante o período de abstinência. 
"É a partir disso que se associa ou não medicamentos. 
O tratamento vai sendo ajustado de acordo como grau de desconforto e é totalmente individualizado", explica. 
As drogas mais utilizadas são a vareniclina (Champix) e a bupropiona (Zyban), além de adesivos e gomas de nicotina.
Antidepressivos também podem ser usados. 

TERAPIA
O programa não envolve abordagens de terapia cognitiva comportamental -o que é recomendado em programa do governo federal. Segundo Issa,uma boa relação entre o Médico e o paciente já garante o suporte necessário na fase de abstinência. 
O tratamento dura, em média, três meses e demanda de quatro a cinco consultas. "O follow up [acompanhamento] também pode ser feito por telefone ou por e-mail", diz. 
Médicos que trabalham com tratamento de tabagismo dizem que as taxas de sucesso do PAF são superiores às verificadas em outros centros, entre 30 e 40%. 
"Os resultados são maravilhosos", resume a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio.
O pneumologista Ricardo Meirelles, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), diz ter gostado da proposta do PAF e do fato que ela considera que, mesmo pessoas que fumam pouco, podem ter alto grau de dependência. 
Ambos acreditam, porém, que as chances de a pessoa abandonar o vício são maiores quando o tratamento inclui, além da medicação, abordagens de terapia cognitiva comportamental -técnica através da qual a pessoa tenta entender melhor suas emoções e modifica seu modo de agir.



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