Da Agência Ambiente Energia - O Brasil ocupa a liderança do mercado de energia eólica na América Latina, segundo apontaram os números apresentados no Comitê Latino-Americano do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) durante encontro realizado no México. O país foi responsável por 50% das instalações efetuadas na América Latina em 2011, com 582,6 gigawatts (GW), e também se destaca quanto à capacidade total investida em energia eólica.
Na segunda posição do ranking, está o México, com 31%; seguido por Honduras, que responde por 9%; Argentina, com 7%; e Chile, com 3%. No levantamento, o Brasil também se destaca no aspecto da potência instalada acumulada por país, de 2008 a 2012, alcançando um volume de 1.509 MW.
Analisando as perspectivas de crescimento até 2020, a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) , instituição que congrega e representa o setor eólico no país, continua atuando para garantir asustentabilidade da indústria eólica, que apresentou crescimento notável nos últimos anos. “Nossa previsão é que o Brasil atinja o potencial de 20.000 MW instalados até 2020 e esse número é muito plausível. Para sustentar essa indústria, basta vender, pelo menos, 2 GW por ano, somando-se o mercado regulado e mercado livre”, destaca Pedro Perrelli, diretor executivo da Associação de Energia Eólica (ABEEólica), que participou do encontro.
Segundo dados disponibilizados pelo GWEC, a previsão é de que América Latina e Caribe atinjam 30.000 MW de capacidade cumulativa até 2020. O Conselho também disponibilizou estatísticas quanto à participação dos fabricantes de turbinas eólicas nos três principais mercados latino-americanos. No Brasil, a Enercon tem 43%, Suzlon 24%, Impsa 22% e Vestas 10%. No México, a Acciona WP tem 63%, Gamesa 23% e Clipper 14%. Já no Chile, Vestas detém 57%, Acciona 30%, Dewind 10% e Siemens 2%.