http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-150219-ENGENHEIROS+NA+DEFESA+DOS+RECURSOS+NATURAIS.html
Segunda-feira, 30/01/2012, 03h15
Com sua diversidade e especificidades, a região amazônica demanda estudos diferenciados em muitos aspectos. Em seus 5,5 milhões de Km², ocupa 65% do território nacional e mais de 90% das florestas tropicais do país, além de ter 26% das florestas tropicais do planeta – é um dos maiores sistemas de biodiversidade do mundo. De um modo geral, 83% da floresta da Amazônia brasileira ainda estão intactos e alguns avanços foram registrados, especialmente, com a demarcação das terras indígenas, a criação de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, além dos parques e outras unidades de proteção. Contudo, especificamente no Pará, não se pode dizer o mesmo, com relação às políticas públicas, e, principalmente, quando se trata das florestas públicas de produção.
Quando se trata da superfície amazônica – além da criação de gado de maneira não inteligente – verifica-se de imediato que a maior parte dos solos da Amazônia pode permanecer saturada ou inundada por períodos que podem variar de dias a alguns meses. Isto se deve às inundações sazonais decorrentes da elevação do nível das águas durante o período de cheia dos rios, de elevadas precipitações pluviais ou de elevação do nível do lençol freático e, como resultado, tem-se alterações químicas, físicas e biológicas. Não existem estudos sobre a caracterização elétrica, por exemplo, destes solos, embora as suas potencialidades energéticas estejam em plena atividade de planejamento – sabe-se que esse problema atinge as linhas de transmissão e causam danos. Portanto, um estudo adequado deste solo, por uma ação conjunta das pesquisas básica e aplicada, é necessário, nos processos de tomadas de decisões no planejamento regional, evitando, portanto, generalizações.
A Universidade tem o dever de garantir competências para saber atuar de maneira integrada nos diversos tipos de problemas da indústria de impacto e da sociedade em sua interação com o meio ambiente. Além disto, deve propor e criar habilidades para saber responder com ações específicas a fim de prever, gerir e apresentar soluções, servindo-se de seus conhecimentos.
O engenheiro ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) é um profissional de formação sistêmica, com ênfase em tecnologias ambientais, instrumentos de diagnóstico, avaliação, monitoramento e modelagem ambiental. Isto tudo com foco no desenvolvimento econômico sustentável, cuja meta é cuidar para que sejam respeitados os limites de uso dos recursos naturais.
A sua principal função é preservar a qualidade da água, do ar e do solo; ter o domínio de tecnologias e métodos de controle e extração na mineração; implantar e executar projetos de avaliação e elaboração de estudos sobre o impacto das atividades humanas no meio ambiente; elaborar relatórios de impacto ambiental e planos para o uso sustentável dos recursos naturais; elaborar e executar planos, programas e projetos na gestão de recursos hídricos, saneamento básico, tratamento de resíduos e recuperação de áreas contaminadas ou degradadas; elaborar planos de gestão de sistemas de produção agrária (vegetal e animal); elaborar planos de manejo e controle de devastação florestal.
O curso propicia uma sólida formação multidisciplinar em engenharia, ciências ambientais, geotecnologias, saneamento, gestão e planejamento ambiental. Tudo isto é abordado do ponto de vista de eixos, cuja integração do conhecimento é feita, através dos projetos interdisciplinares, visitas técnicas e estágios de campo, feitos nos meios agrário, urbano e industrial.
ESTRUTURA
O curso conta com uma infraestrutura com laboratórios de biologia, física, química e computação, assim como laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. como o Laboratório de Sistemas Ciberfísicos (LASIC), Laboratório de Geoprocessamento, Análise Espacial e Monitoramento por Satélite (LAGAM), Laboratório de Geologia Aquática e Ambiental (LGAA), Laboratório de Ecologia Marinha e Oceanografia Pesqueira (LEMOP), Laboratório do Programa de Grande Escala da Biosfera Atmosfera na Amazônia (LBA-UFRA).
Há parcerias de pesquisa científica com instituições como a Embrapa e Museu Emilio Goeldi e com o Grupo de Pesquisa para a Síntese da Complexidade Ambiental – Cenosys, uma parceria acadêmica entre as instituições FURG/UFRA/INPE. (Diário do Pará com informações da UFRA)
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