As sacolinhas plásticas dos supermercados estão com os dias contados em São Paulo. A partir do fim do mês, no dia 25 de janeiro, as embalagens começarão a ser vendidas. A medida é para proteger a natureza, mas provoca muita discussão já que algumas pessoas estão acostumadas a usar a sacola para outras coisas, como sacos de lixo.
Os supermercados fizeram um acordo em maio do ano passado, quando começaram a incentivar o uso das sacolas ecológicas. Contudo, a mudança de hábito não foi instantânea. A lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas ainda não está valendo. Mas o acordo prevê que 1.300 mercados entrem na campanha.
O lembrete está por todos os lados. As compras têm que ir em caixas de papelão, mochilas, sacolas retornáveis ou nas trazidas de casa. A diarista Erotilde Barbosa dos Santos diz que não vai comprar, pois não concorda com o fim da distribuição gratuita. Por enquanto, ela está usando sacolas de compras passadas. “Para dar não tem, para vender, sim. Se for para o bem da natureza, vou me adaptar”, diz ela.
Também existem outras alternativas. A caixa desmontável custa quase R$ 40. O carrinho de tecido, que aguenta até 10 kg, sai por R$ 44,90. Já outro, que vira uma bolsa, custa um pouco menos – R$ 22,90. A empregada doméstica Naelza Aleixo Pereira preferiu as sacolas reutilizáveis, mas confessa que quando a sacolinha é de graça, aceita e aproveita em casa.
Índice de redução de 95%
Em Jundiaí, no interior do estado, a medida já está valendo há um ano e meio. O índice de redução foi de 95%. As compras são colocadas no carrinho, caixa de papelão ou em sacolas reutilizáveis.
Em Jundiaí, no interior do estado, a medida já está valendo há um ano e meio. O índice de redução foi de 95%. As compras são colocadas no carrinho, caixa de papelão ou em sacolas reutilizáveis.
Uma pesquisa encomendada pela Associação dos Supermercados de São Paulo aponta que a população não sente falta das sacolinhas – 73% dos entrevistados acham que está ótimo deste jeito e não concordam com o retorno.
As sacolas plásticas ainda existem no mercado, mas ficam escondidas. Para levar as compras para casa em uma delas é preciso pagar R$ 0,19. Só que o modelo não prejudica o ambiente, pois é biodegradável.
Na cidade, 260 milhões de sacolinhas deixaram de ser jogados em aterros sanitários, lixões, trazendo um grande benefício para a natureza.