http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1058823-mulheres-sem-teto-ocupam-predio-e-fazem-panelaco-em-sp.shtml
Atualizado às 05h16.
Um grupo de ao menos 200 mulheres ligadas a movimentos de luta por moradia ocuparam um prédio particular de dez andares na esquina da Praça João Mendes com rua Quintino Bocaiúva, na região central de São Paulo, por volta da 0h desta quinta-feira. Não houve confrontos.
A ocupação faz parte de um protesto em comemoração ao Dia Internacional da Mulher para chamar a atenção dos governos municipais e estaduais para políticas sociais de habitação para as mulheres e denunciar a violência nos despejos de áreas ocupadas.
| Eduardo Anizelli/Folhapress | |
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Grupo de mulheres sem-teto invadem predio no centro de SP |
Segundo líderes do movimento, a ocupação tem horário para terminar. Por volta das 14h, o grupo se reúne a outro grupo de mulheres ligadas a organizações feministas. Elas deixam o local fazendo um panelaço -relembrando o movimento das panelas vazias da década de 80.
As manifestantes seguem em passeata até o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, na praça da Sé, para protestar contra a violência no despejo das famílias da área ocupada do Pinheiro (São José dos Campos) e de outras 150 mil famílias podem ser despejadas até 2014.
Após o protesto em frente ao TJ, as mulheres continuam a passeata passando pela CDHU --na rua Boa Vista-- e a prefeitura. O encerramento do protesto será em frente à Secretaria da Educação, na praça da República, onde o grupo espera reunir ao menos 15 mil mulheres para reivindicar melhorias na educação.
PROTESTO CONTRA AÇÃO DA POLÍCIA
Sem-teto ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se reúnem por volta das 9h desta quinta-feira em frente à estação da Luz, na região central de São Paulo, para sair em passeata pelas ruas do centro.
Após a aglomeração, os manifestantes partem em marcha até a avenida Tiradentes e ao quartel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), no bairro da Luz. O protesto termina em frente a sede do Comando Geral da Polícia Militar de São Paulo.
Segundo líderes do movimento, o grupo aproveita a comemoração do Dia das Mulheres para protestar e denunciar estupros praticados por policiais durante o despejo da área ocupada do Pinheirinho (São José dos Campos) e exigir a punição dos envolvidos.
O grupo também informou que quer deixar claro à PM que não aceitará "um novo massacre, tal como ocorreu em São José dos Campos" em outras áreas ameaçadas de despejo como o Novo Pinheirinho de Embu e Santo André, na Grande São Paulo, e a ocupação Zumbi de Palmares, em Sumaré (118 km de São Paulo).