Construção de usinas hidrelétricas: Resistência local de ambientalistas e de críticos de um suposto "imperialismo" do Brasil
Mundo Sustentável

Construção de usinas hidrelétricas: Resistência local de ambientalistas e de críticos de um suposto "imperialismo" do Brasil



11/08/2011 - 05h51

Brasil estuda construir hidrelétricas em 7 países da América Latina


http://www1.folha.uol.com.br/bbc/957939-brasil-estuda-construir-hidreletricas-em-7-paises-da-america-latina.shtml

DA BBC BRASIL



O governo brasileiro realiza estudos para construir usinas hidrelétricas em ao menos sete países da América Latina.
América do Sul tem de dobrar capacidade energética até 2030 para evitar ameaça de apagão
Os projetos tentam atender à crescente demanda por energia da região, que vive um período contínuo de expansão econômica, mas, em alguns casos, enfrentam resistência local de ambientalistas e de críticos de um suposto "imperialismo" do Brasil.
As usinas, que gerariam cerca de 12 mil MW (Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, gera 14 mil MW), seriam erguidas em associação com empreiteiras locais e também abasteceriam o mercado brasileiro.
Lançado neste ano, o Plano Decenal de Expansão de Energia cita projetos para a construção de hidrelétricas no Peru, na Bolívia, na Guiana e na fronteira com a Argentina.
Entre os projetos, estão seis usinas no Peru, que totalizariam aproximadamente 7 mil MW de capacidade instalada.
As hidrelétricas, listadas em acordo assinado em 2010 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, custariam US$ 15 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões) e seriam geridas pela Eletrobrás, estatal brasileira do setor elétrico.
No entanto, em junho, o Peru cancelou a licença provisória de um consórcio brasileiro para a construção da primeira das usinas, no rio Inambari. A decisão ocorreu em meio a protestos no departamento (Estado) de Puno, o mesmo que abrigaria a hidrelétrica, pela cassação de todas as concessões nos setores energético e minerador do Peru.
Para Sinval Gama, superintendente de operações internacionais da Eletrobrás, cabe agora à empresa esperar pelas novas diretrizes a serem definidas pelo governo do presidente Ollanta Humala, que assumiu o cargo em julho.
"Cada país é soberano, cabe aos investidores se adequar às regras", disse à BBC Brasil.
Manifestantes peruanos alegam que as usinas seriam mais benéficas ao Brasil do que ao Peru, já que o país andino arcaria sozinho com o prejuízo ambiental das obras.
Em resposta a este argumento, Gama afirma que o consórcio estuda formas de exportar a energia excedente a outros países, como Chile e Argentina. "Assim, a energia poderá ser exportada para onde o Peru achar melhor."

OUTROS PAÍSES
Na Bolívia, a Eletrobrás estuda a implantação da hidrelétrica Cachoeira Esperança, com 800 MW.
Na Guiana, a companhia verifica a viabilidade de uma usina com potência de 1.500 MW e está mapeando o potencial hidrelétrico total do país, estimado em 8 mil MW.
A energia poderá ser importada pelo Brasil por meio de interligações em Roraima e substituir o uso de combustíveis fósseis na região.
Há ainda duas usinas binacionais, que produziriam 2 mil MW, em estudo entre o Brasil e a Argentina, a serem instaladas no rio Uruguai.
Além desses empreendimentos, segundo Sinval Gama, a Eletrobrás iniciou negociações sobre possíveis investimentos no Suriname e na Guiana Francesa. Também há previsão de construção de uma hidrelétrica na Nicarágua.

DEFICIT ENERGÉTICO
Para Gama, embora a carência de energia na América Latina favoreça no longo prazo os planos de expansão da Eletrobrás, no curto prazo, pode acarretar em decisões equivocadas dos governos.
"Quando o sapato aperta, procura-se um sapato folgado e só depois é que se vê qual sapato é o melhor", disse.
Ele explica que a urgência em gerar energia pode fazer com que os países optem por investimentos com resultados mais rápidos, como em usinas termelétricas.
"Mas a solução por uma matriz limpa e renovável nunca pode ser de curto prazo", afirmou. Segundo Gama, a construção de uma hidrelétrica exige uma série de estudos e licenças que dificilmente são concluídos em menos de dez anos.

IMPERIALISMO BRASILEIRO
Ao mesmo tempo em que estimula a internacionalização da Eletrobrás, o governo brasileiro tenta evitar que os investimentos da estatal nos vizinhos sejam vistos com ressalvas pelas populações locais, como se refletissem uma espécie de "imperialismo brasileiro" na região.
Por isso, segundo um diplomata brasileiro ouvido pela BBC Brasil, o governo advoga que as relações com os vizinhos não devem ocorrer somente no campo econômico, mas também em cooperação em políticas sociais e em segurança nas fronteiras, por exemplo.
Quanto aos acordos energéticos, o Itamaraty diz que o Brasil busca situações em que haja ganhos para os dois lados e ampara as negociações em tratados internacionais, que tenham respaldo de todas as partes.
Na avaliação do governo, a integração energética pode gerar um melhor aproveitamento das diferentes fontes de energia disponíveis na região, favorecendo o desenvolvimento mútuo das economias.



loading...

- Sem Vento...
25/01/2013-05h00 Promessa do governo para energia depende de usinas atrasadashttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/1220250-promessa-do-governo-para-energia-depende-de-usinas-atrasadas.shtmlAGNALDO BRITTODE SÃO PAULO O governo federal utilizou o artifício...

- Energia Renováveis: Vale Tudo Por Elas?
http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2012/04/energia-renovaveis-vale-tudo-por-elas/18631 Por Jean Marc Sasson*  Às vésperas da Rio+20 cujo tema central será aEconomia Verde, se discutirá como um dos objetivos para as próximas décadas...

- Parques Eólicos: Lucro Garantido!
29/12/2011 - 16h26Alupar tem interesse em novas parcerias em eólica com FurnasDA REUTERS A Alupar, uma das vencedoras no leilão A-5 ocorrido neste mês com 204 megawatts (MW) de parques eólicos em parceria com Furnas, tem interesse em manter...

- Energia Eólica Pode Alcançar Preço De Hidrelétrica
20/12/2011 - 08h00http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1023690-energia-eolica-pode-alcancar-preco-de-hidreletrica.shtml O preço da energia eólica no Brasil pode alcançar o valor da energia gerada pelas grandes hidrelétricas, como Belo Monte,...

- Hidrelétricas Podem Ser Sustentáveis?
Hidrelétricas podem ser sustentáveis? Presidente da Empresa de Pesquisa Energética defende que é possível 04/05/2011 - 09:52 Fonte: http://eptv.globo.com/emissoras/NOT,0,0,347553,Construcao+sustentavel+de+hidreletricas.aspx Terra da Gente,...



Mundo Sustentável








.