A cidade de Paulínia adotou um novo sistema de coleta de resíduos. São 50 coletores subterrâneos, que permitem a separação automática dos materiais recicláveis no momento do descarte. Desenvolvido pela empresa europeia Sotkon, o sistema utiliza grandes latas de lixo de aço inox ligadas a depósitos subterrâneos com capacidade para 3 mil litros de resíduos cada um. No final do dia, caminhões da prefeitura munidos de pequenas gruas hidráulicas fazem a coleta dos resíduos já separados por tipo (plástico, papel, metal ou orgânico). De acordo com o fabricante, o sistema diminui em 30% o número de viagens dos caminhões. Essa novidade poderá ser testada na capital no ano que vem.
Superinteressante Publicado em 23 de Dezembro de 2011
A cidade do interior de São Paulo é a primeira a receber a tecnologia que veio da Europa e chega a reduzir em até 30% os custos de coleta.
Nas calçadas, lixeiras de aço inoxidável são instaladas com separação dos resíduos por tipo de material. No subsolo, há grandes coletores (de 3 mil litros) que são retirados em dias específicos da semana com o auxílio de uma grua presa ao caminhão de lixo. O sistema já recebeu alguns prêmios na Europa e apresenta vantagens como:
- O lixo fica armazenado de forma segura. Não há perigo de ser arrastado pela chuva ou rasgado por animais;
- Há redução do mau cheiro do lixo e da proliferação de bichos como ratos e baratas;
- O lixo já é recolhido separadamente. Dessa forma, a destinação correta para reciclagem é facilitada e tem seus custos diminuídos;
- Há menos gasto com mão de obra (e o serviço torna-se mais seguro para os trabalhadores) e com deslocamento de caminhões.
O sistema deve ser instalado na cidade de São Paulo em 2012. Quer entender como funciona a coleta subterrânea? Assista ao vídeo abaixo, da empresa Sotkon, responsável pela implantação do sistema em Paulínia:
TER, 13 DE DEZEMBRO DE 2011 00:00 REDAÇÃO SUSTENTABILIDADE
Paulínia, no interior de São Paulo, é a primeira cidade brasileira a receber as lixeiras especiais com os coletores instalados no subsolo das calçadas, onde os principais corredores da cidade estão recebendo 50 coletores para resíduos orgânicos e recicláveis. São Paulo é uma das próximas cidades a receber o sistema.
Com aproximadamente 20 mil unidades instaladas em várias partes do mundo, a empresa portuguesa Sotkon está lançando no Brasil um sistema patenteado, totalmente ecológico para coleta de resíduos. É o sistema mais simples para atender um grave problema, que é o lixo urbano. Com 99% dos materiais utilizados recicláveis, o sistema permite reduzir os custos da coleta em até 30%, utilizando menos mão de obra, deslocamento de veículos e energia.
A primeira cidade brasileira a receber os coletores instalados no subsolo é Paulínia (a 117 km de São Paulo), onde os principais corredores começam a receber a instalação de 50 conjuntos, operados a cargo da empresa Corpus, de limpeza urbana. São Paulo deverá contar com o sistema já em 2012. Com a separação do lixo no momento do descarte, também há redução de custos com a separação. É um sistema muito premiado na Europa, como o de melhor custo/benefício operacional e estético.
Segundo Sergio Machado, diretor-geral da Sotkon Brasil, empresa do Grupo Allegro Participações, o sistema consiste de recipientes em aço inoxidável, colocados na superfície sobre grandes contentores subterrâneos que comportam três metros cúbicos de lixo, equivalente a três mil litros. O sistema foi concebido focando ergonomia, facilidade de utilização, higiene e segurança. Uma grua hidráulica de pequenas dimensões automáticas, colocada no teto da caixa de recolha do caminhão tradicional, permite que se faça tanto a coleta dos contêineres subterrâneos como dos contentores tradicionais de rua.
Este conceito de coleta nasceu na Espanha em 1995 e rapidamente se espalhou por todo o mundo em razão da sua simplicidade. Por ser um sistema modular, as lixeiras tradicionais podem ser substituídas pelos coletores e mais conjuntos podem ser acrescentados para atender demandas locais. É fácil de limpar e manter e evita a infiltração da água.
O contentor é preenchido de forma equilibrada em razão da montagem central da lixeira. O sistema permite e estimula a separação de lixo desde a origem, incentivando a reciclagem e a diminuição de resíduos a serem enviados para o aterro. A redução do número de coletas é devido, entre outras coisas, ao tamanho dimensionado de três metros cúbicos.
“A 'conteinerização' tem sido discutida exaustivamente em todo o mundo. Existem várias alternativas possíveis e todas são um grande avanço às 'cestas' paulistanas ou sacos nas calçadas, sujeitos às nossas já tradicionais inundações, todas disputando lugar com pedestres e veículos. Porém as conteinerizações subterrâneas são as que mais trazem benefícios, principalmente em termos de saúde e higiene”, afirma Machado. De acordo com o diretor-geral, o sistema elimina o risco de que o lixo seja jogado de um lado para o outro, principalmente nas chuvas, evitando o entupimento de bueiros. Além disso, inibe a ação de eventuais depredações e corte das embalagens tradicionais (sacos de lixo) por vândalos e animais que espalham os dejetos pela cidade, reduzindo também a proliferação de pestes e vetores, além dos fortes odores.
Machado conta que a Europa e outras regiões no mundo estão abandonando o armazenamento tradicional do lixo para o modelo subterrâneo. “O sistema modifica completamente o que existe hoje, deixando as cidades muito mais limpas visualmente, e preservando o meio ambiente da poluição material e visual, permitindo e incentivando a coleta seletiva e, oferecendo uma grande solução para as cidades e seus condomínios residenciais e empresariais”, afirma.
“Esse sistema contribui para os projetos de coleta seletiva da cidade, reduz o entupimento de bueiros causado pelo lixo espalhado pelas ruas, proporciona segurança aos profissionais envolvidos, uma vez que eles não entram em contato direto com os resíduos no momento da coleta e as calçadas de Paulínia ficarão mais limpas”, diz o prefeito da cidade, José Pavan Junior. Confira no vídeo como funciona a coleta do sistema.
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