SEG, 13 DE JUNHO DE 2011 10:09 PAULA FURLAN EXPERIÊNCIA
http://consumidormoderno.uol.com.br/experiencia/casa-ecologica-investimento-agora-economia-no-futuro
A crescente preocupação com o meio ambiente tem resultado no desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos em diversas áreas, inclusive na construção civil. Um exemplo dessa tendência são os imóveis sustentáveis, ou casas ecologicamente corretas, residências que usam os recursos naturais para economizar energia e gerar menor quantidade de lixo.
Em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Trisoft marca presença no projeto “Escritório Verde”, em Curitiba, com a Lã de PET ISOSOFT. O tratamento térmico e acústico ecologicamente correto é produzido com matéria prima reciclada e 100% reciclável: fibra de PET.
O projeto “Escritório Verde”, idealizado pelo Profº Eloy Casagrande Jr., na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) surgiu a partir de uma visita as universidades americanas, que contam com o Green Office; setor que cuida da política ambiental dos campi universitários. O projeto utiliza o tratamento térmico e acústico ISOSOFT, feito a partir de lã de PET. A Lã de PET ISOSOFT é produzida a partir de fibra de PET reciclada. “A visão de inovação e de responsabilidade socioambiental da Trisoft, a torna uma importante colaboradora da difusão da construção sustentável no Brasil”, enfatiza Profº Eloy.
Para cada metro quadrado de Lã de PET ISOSOFT são utilizadas cerca de 30 garrafas PET e a Trisoft já bateu a marca de 380 milhões de garrafas PET consumidas da natureza para se tornarem elementos fundamentais na construção civil, como isolamento térmico e acústico em coberturas metálicas, forros, drywall e pisos. O material também pode ser reaproveitado mesmo depois de instalado, sem perder suas propriedades ou ainda pode ser transformado em estopas ou fios têxteis, não necessitando jamais ser despejado em aterros. O material também contribui para a aprovação de construções ecossustentáveis, que almejam o selo Leed de Sustentabilidade, reconhecido internacionalmente através do Green Building
“Para se conseguir um imóvel sustentável é necessário antes de começar a obra fazer um levantamento sobre a área a ser construída, verificar a disponibilidade de água no subsolo, se há vegetação e qual é o tipo de vegetação, onde nasce o sol e como é o clima sendo que se a predominância da temperatura for alta o local deve ser bastante arejado, e, se baixa, deve ter isolamento térmico”, aconselha Hugo Mascarin, sócio-proprietário do Portal CASAeOFERTA.
Para quem pretende construir esse tipo de imóvel alguns passos são importantes, como pensar no planejamento da obra a longo prazo, na eficiência energética, no uso adequado da água e reaproveitamento, no uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, adequada gestão dos resíduos sólidos, conforto e qualidade interna dos ambientes e permeabilidade do solo.
Dessa forma, o paralelepípedo, bom e velho conhecido de todos, ganha uma versão mais moderna. “O piso intertravado é uma opção tão permeável e ecológica quanto o modelo antigo”, garante o engenheiro da Tecpar Pavimentação Ecológica, Cláudio Roberto de Castro.
E os benefícios não param por aí. Segundo Cláudio, “devido a cor clara da pedra, esse tipo de piso pode gerar alta economia de iluminação, pois, se comparado ao pavimento flexível, ele aumenta a reflexão da luz”. Outra vantagem está no fato de ele ser pré-moldado. “Além de reduzir os recursos gastos, ele pode ser instalado e removido a qualquer hora, para a manutenção de obras, por exemplo, que podem ser realizadas sem a necessidade de quebrar o piso”, explica o engenheiro.
Hugo Mascarin ainda afirma que a principal vantagem em se investir em um imóvel assim é a maior valorização em relação a uma casa convencional com as mesmas medidas. O mais comum é que esse tipo de construção proporcione a maior economia no consumo de água e energia elétrica. Para que a residência gaste o mínimo de energia possível, a primeira dica é construir o máximo de parede de vidros, tipo blindex, em corredores e nos lados da casa onde bate mais sol, aproveitando por mais tempo a luminosidade natural e reduzindo o uso de lâmpadas. “Quando for necessário utilizar as lâmpadas, outra alternativa para reduzir o consumo de energia é optar pelas lâmpadas de LED brancas, que tem maior durabilidade”, aconselha Mascarin.
Para reduzir o consumo de energia no banho, uma opção é colocar placas de aquecedor solar no telhado, pois elas captam energia e esquentam um reservatório específico de água, mantendo-a aquecida. Já para reduzir o consumo de água, a dica é fazer calhas que direcionem a água das chuvas a um recipiente grande, como um barril ou caixa d’água externa. Essa água pode ser utilizada para lavar roupas e quintais, por exemplo.
Um imóvel sustentável deve ser construído com materiais verdes como tijolos de terra crua estabilizados com fibras de coco, paredes e telhados feitos de tubos de pasta de dente (o que deixa o ambiente mais fresco), ou telhados com uma cobertura vegetal, vidros reciclados, blocos de entulho, blocos de pedras entre outros.
Um desses produtos é a telha de vidro. De acordo com o gerente de vendas do Shop da Telha, José Ricardo Gonçalves, este tipo de telha, além de permitir maio luminosidade ao ambiente, gerando menor gasto de energia, ela ainda pode ser reaproveitada pela indústria de vidro. “As telhas de vidro além de proporcionarem redução no consumo de energia podem ser reaproveitadas no caso delas quebrarem”, diz Gonçalves.
Outra boa opção nesta área é a Telha Onduline. “Essa telha é ondulada e composta por fibra orgânica saturada com betrume (resíduo da indústria petroquímica). Além disso, elas são leves e práticas de instalar, facilitando a mão-de-obra e dando mais leveza à estrutura do telhado”, recomenda Gonçalves.
Dentro deste contexto, Eng. Claudio dá sua dica para quem está contruindo ou reformando, principalmente com relação às áreas externas: “O piso intertravado é uma forte tendência tanto em matéria de beleza, quanto na preservação do meio ambiente. Sua permeabilidade, rápida execução, reutilização e a não deformação, fazem desse pavimento uma opção cada vez mais atraente para as construções e para o bolso do consumidor, já que é mais barato em relação ao concreto”, salienta.
E para quem quer aliar ecologia e estética, o engenheiro conta que esta pedra também está disponível nos mais variados tons de cores. “Portanto, pode-se abusar na criatividade e no colorido, sem deixar de lado a preocupação com o meio”, conclui.