O estudo foi lançado pelo programa de Defesa e Segurança da Transparência Internacional do Reino Unido. Os 82 países que integram a lista representavam 94% despesa militar global em 2011, o equivalente a US $ 1,6 trilhões. Os países foram avaliados de acordo com 77 indicadores, divididos em cinco áreas de risco para o setor de defesa: política, finanças, pessoal, operações e contratos. Eles foram classificados em 6 níveis que vão de um risco muito baixo a um risco crítico.
O grupo dos 70% que não têm ferramentas para prevenir a corrupção no setor de defesa, inclui 2/3 dos maiores importadores e metade dos maiores exportadores de armas do mundo
Nove países mostraram muitas deficiências em adotar mecanismos de controle, entre eles Angola, Síria e Líbia, e são apontados como tendo um risco de exposição crítica à corrupção.
No caso dos países da América Latina, o estudo revelou que controles técnicos rigorosos e auditorias fazem com que os governos tenham um baixo risco de envolvimento em corrupção. O Brasil está na lista dos países moderados em termos de riscos de corrupção na área da defesa. Apenas dois países, segundo a ONG Transparência Internacional tem um risco muito baixo de corrupção: Alemanha e Austrália. Eles são os únicos que têm mecanismos eficazes de combate à corrupção, como uma supervisão parlamentar da política de defesa.
Com base em dados do Banco Mundial, a Transparência Internacional estima que o custo global da corrupção no setor da defesa é de no mínimo de US $ 20 bilhões por ano. Esse valor equivale à soma total prometida pelo G8 em 2009 para combater a fome no mundo. A ONG pede aos governos maior transparência neste setor que envolve grandes contratos públicos.