As 270 aves da Venezuela apreendidas pela Polícia Federal no início da semana no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, podem ser sacrificadas se não for encontrado um criadouro no País disposto a abrigá-las provisoriamente e futura ajuda do governo venezuelano para repatriá-las.
Segundo o delegado de Repressão a Crimes Contra o Meio-ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Carlos André Gastão, duas das quatro espécies são exóticas, ou seja, só ocorrem na Venezuela e não se adaptariam ao clima no Brasil. Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), não há verba para mandá-las de volta.
Entre as aves há pintassilgos, bicudos, rouxinóis, e 80% delas são canários. De acordo com a assessoria do Ibama no Amazonas, se não for encontrado um criadouro no País disposto a recebê-las ao menos provisoriamente, elas terão de ser sacrificadas. As aves estão em uma gaiola “não ideal”, segundo a assessoria, com outros pássaros na sede do Ibama em Manaus.
Ainda segundo a assessoria, o órgão já entrou em contato com o instituto de proteção ambiental da Venezuela para saber se há interesse na repatriação dos passarinhos.
As aves estavam em caixas de papelão, duas delas mortas, na bagagem de um brasileiro natural do Ceará, cujo nome não foi divulgado pela PF. Segundo a PF, ele saiu de Boa Vista (RR) com as aves e deveria entregar o carregamento a outra pessoa, também não identificada, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
De acordo com a PF, o homem foi solto e responderá pelo crime de introdução no país de animais sem licença do Ibama e sem licença sanitária do Ministério da Agricultura, além de maus tratos contra animais.