Os que moram próximos a florestas possuem diversos tipos de bactérias na pele e, consequentemente, não são tão sensíveis a alergia. Foto: SXC
Quando a temperatura começa a baixar é comum ver crescerem casos de alergias e doenças inflamatórias. As épocas frias do ano atraem estes males, mas esta não é a única explicação. Um estudo afirma que o desmatamento também pode influenciar nesta questão.
A pesquisa foi publicada, nesta terça-feira (8), na revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências. Segundo o estudo, a perda da biodiversidade pode contribuir para o aumento do surgimento desses casos, principalmente, para as pessoas que vivem em grandes cidades.
Os moradores, neste caso, vivem em ambientes urbanos e, por isso, possuem quantidades menores de uma bactéria na pele que tem função antialérgica natural.
Estudiosos da Universidade de Helsinki analisaram 118 jovens de diferentes áreas do leste da Finlândia e descobriram que aqueles que moram próximos a florestas possuem diversos tipos de bactérias na pele e, consequentemente, não eram tão sensíveis a alergia como aqueles que moram em áreas urbanas. Locais muito povoados também se mostram mais propensos a apresentarem reações alérgicas.
Pesquisas anteriores já indicavam que os micróbios que se instalam na pele, nas vias aéreas e na garganta também podem ter a função de proteger a pessoa contra problemas inflamatórios. Entretanto, não se sabia que as questões ambientais tinham alguma relação com este fato.
A partir da descoberta do estudo da Universidade de Helsinki entende-se que o aumento das doenças inflamatórias pode estar associado ao pouco contato do homem com a natureza. Esta interação com o meio ambiente é cada vez menos comum. Com informações do G1.
Redação CicloVivo
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