16/08/2011 - 09:21
Parar de fumar é o primeiro passo para melhorar a saúde dos portadores de DPOC
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=169004
Dia Nacional de Combate ao Fumo estimula reflexão sobre a vida pós-dependência do cigarro e alerta para o fato de que é possível tratar os males causados pelo vício.
O tabagismo é a principal causa de mortes que poderiam ser evitadas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e ainda pode originar diversas doenças, entre elas, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Estimativas médicas apontam que cerca de 15% dos tabagistas desenvolvem a doença.
O dia 29 de agosto, data em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Fumo, é uma oportunidade importante para ressaltar os males provocados pelo tabagismo e também relembrar à população que é possível minimizar o impacto dos danos causados por anos de dependência. No caso dos portadores de DPOC, o primeiro passo para retomar a saúde é abandonar o vício. A próxima etapa para reduzir a progressão da doença é iniciar o tratamento, estruturado em quatro pilares: reabilitação pulmonar, terapia medicamentosa, oxigenioterapia e suplementação alimentar, dependendo do estágio da doença.
“Cerca de 90% dos portadores de DPOC são fumantes e, se continuarem fumando, pouco serão beneficiados pelo tratamento. Por esse motivo, é importantíssimo que o paciente tenha consciência do mal que o cigarro faz e procure ajuda, se necessário, para abandonar o vício”, alerta o Dr. Sérgio Ricardo Santos, pneumologista professor da Unifesp e coordenador da Comissão de Tabagismo da SPPT – Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
A pesquisa Revelar, feita com 229 pessoas com diagnóstico confirmado da doença em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre), indicou que 91% dos pacientes deixaram de fumar somente após saberem que eram portadores de DPOC. Desse total, 87% nunca procurou um médico para abandonar o vício. O estudo, o único que mapeou o perfil dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, mostrou ainda que 99% dos pacientes fumaram, em média, 11 cigarros por dia durante 37 anos.
“Os fumantes tendem a achar que as consequências maléficas do cigarro são irreparáveis e, por isso, muitas vezes não param de fumar. É preciso combater essa crença e lembrar que é possível voltar a respirar, ter capacidade produtiva e resgatar a qualidade de vida com medicamentos específicos para tratar a DPOC”, esclarece o Dr. Sérgio Ricardo Santos.
Dentre os medicamentos recomendados pelo Consenso Brasileiro de DPOC, estão os broncodilatadores inaláveis de longa duração, como o brometo de tiotrópio, comercializado no Brasil com o nome Spiriva®. O medicamento leva a broncodilatação sustentada das vias aéreas, proporciona a melhora dos sintomas e da qualidade de vida, amplia a tolerância às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises que o paciente com DPOC tem constantemente.
O estudo UPLIFT, iniciado em 2002, comprovou a eficácia e a segurança do brometo de tiotrópio no tratamento da doença. O medicamento proporcionou melhora sustentada da função pulmonar ao longo de quatro anos. Durante o estudo, em que 5.993 pacientes foram randomizados para receber tiotrópio ou placebo uma vez ao dia, foi constatado que o medicamento prolonga em mais de quatro meses o tempo para a primeira exacerbação e reduz em 14% o número desses eventos por paciente/ano.
Vencendo o vício - Parar de fumar não é algo simples nem fácil. “O ideal é que o fumante procure ajuda médica, contudo o engajamento do paciente é fundamental. É bom lembrar que sempre haverá benefícios ao parar de fumar, mesmo para aquele paciente que fuma há muitos anos ou que tem idade avançada. É importante marcar uma data para largar o vício”, explica o Dr. Sérgio Ricardo Santos.
A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. “Nessa hora, você pode chupar balas ou usar gomas de mascar, escovar os dentes, ingerir líquidos ou comer uma fruta. Manter as mãos ocupadas com um elástico ou pedaço de papel, rabiscar ou manusear objetos pequenos também ajuda, assim como fazer alguma atividade de que goste e distraia sua atenção ou ter uma conversa agradável com um amigo”, orienta o Dr. Sérgio Ricardo Santos.
Perfil-A DPOC é a quarta causa de morte no mundo, atingindo 210 milhões de pessoas, sete milhões só no Brasil. Todos os anos, a DPOC leva ao óbito cerca de 40 mil brasileiros, o equivalente a quatro pacientes por hora, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 100 milhões por ano.
Caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar, a DPOC é causada pela inalação de substâncias tóxicas, principalmente as do cigarro e geralmente afeta pessoas acima de 40 anos, sendo que 90% delas são fumantes ou ex-fumantes. Dependendo da progressão, a doença limita o paciente, impedindo-o de fazer atividades simples do dia a dia, como andar em ritmo acelerado, praticar exercícios e até trocar de roupa ou tomar banho sozinho.
Perfil-A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais empresas farmacêuticas e a maior farmacêutica de capital fechado do mundo. Há 125 anos, a empresa familiar mantém o compromisso com pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de novos produtos de alto valor terapêutico para a medicina humana e a animal. Em 2010, a companhia registrou vendas líquidas de 12,6 bilhões de euros e investiu 24% deste valor em P&D.
A responsabilidade social é um componente importante da cultura empresarial da Boehringer, o que inclui tanto o compromisso global com projetos sociais como a preocupação com os seus mais de 42 mil funcionários em 145 afiliadas em todo o mundo. Respeito, oportunidades iguais e equilíbrio entre as obrigações de carreira e a vida familiar são a base da gestão da empresa, sendo que a proteção e a sustentabilidade ambiental representam sempre o principal foco em qualquer empreendimento da companhia.
No Brasil, a Boehringer Ingelheim possui um escritório central em São Paulo e uma fábrica em Itapecerica da Serra, responsável pela produção de medicamentos que abastecem o mercado nacional e que ainda é exportada para a América Latina, a Ásia e a Europa.
Há 55 anos no País, a empresa estabelece parcerias com instituições brasileiras que promovem o desenvolvimento educacional, social e profissional da população, e mantém ainda o programa Ajudar é o Melhor Remédio, uma plataforma colaborativa online de estímulo ao voluntariado que aproxima quem quer ajudar de quem precisa ser ajudado. [www.boehringer-ingelheim.com e www.ajudareomelhorremedio.com.br].
Pfizer -Fundada em 1849, a Pfizer é uma das mais completas e diversificadas companhias do setor farmacêutico. Presente em mais de 150 países, a empresa está no Brasil desde 1952. Melhorar a saúde e proporcionar bem-estar fazem parte da missão da Pfizer, ao descobrir, desenvolver, fabricar e comercializar medicamentos de prescrição, genéricos e de consumo para a saúde humana e a animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Rapamune, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil e a vacina Prevenar. A Pfizer também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação, saúde e sustentabilidade no País.
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