A Nasa tem tanta certeza de que o dia 22 de dezembro chegará que já postou no YouTube um vídeo intitulado "Por que o mundo não acabou ontem".
Cientistas dizem que os rumores que correm na internet sobre o fim prematuro da Terra foram motivados por um mal-entendido a respeito do calendário maia, cujo ciclo de contagem longa termina, conforme o calendário gregoriano, em 21 de dezembro de 2012.
"É apenas o fim de um ciclo e o começo de um novo. É como o 31 de dezembro, nosso calendário acaba, mas um novo calendário para o ano seguinte começa em 1o de janeiro", diz em outro vídeo no YouTube Don Yeomans, chefe do programa de Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.
Segundo a história que circula na internet, um enorme planeta desgarrado chamado Niburu estaria em rota de colisão com a Terra.
"Se fosse, já o teríamos visto há muito tempo, e se ele fosse por algum motivo invisível, teríamos visto seus efeitos nos planetas vizinhos. Milhares de astrônomos que varrem os céus noturnos diariamente não viram isso", afirmou Yeomans.
No entanto, milhares de místicos e sonhadores da Nova Era apareceram em antigos templos maias do México e da América Central, na esperança de testemunharem o surgimento de uma nova era quando chegar o dia do "fim do mundo".
Não estaria então a Nasa tentando esconder algo, para evitar o pânico?
"Dá para imaginar milhares de astrônomos mantendo o mesmo segredo do público por vários anos?", argumenta Yeomans.
Inicialmente, Niburu, também conhecido como Planeta X, deveria colidir com a Terra em maio de 2003, mas quando isso não aconteceu o apocalipse foi adiado por seus seguidores para coincidir com o fim de um dos ciclos do antigo calendário pré-colombiano, no solstício de 21 de dezembro de 2012.
Outros eventos celestes que, garante a Nasa, não irão acontecer: um alinhamento planetário que provoque uma enorme maré ou o total escurecimento da Terra; uma reversão na rotação da Terra; o impacto de um asteroide gigante; uma gigantesca tempestade solar.
"Desde o começo do tempo registrado, já houve literalmente centenas de milhares de previsões sobre o fim do mundo", disse Yeomans. "Ainda estamos aqui."